Estudantes franceses encontram bilhete escrito há 200 anos

Em Dieppe, França, uma mensagem numa garrafa foi meio de comunicação entre arqueólogos com 200 anos de diferença.

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A mensagem tinha sido deixada por outro arqueólogo Andrew Measham/ Unsplash
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Uma escavação arqueológica de emergência, ditada pela rápida erosão de uma falésia em Dieppe, no Norte de França, trouxe à superfície um cliché: uma mensagem numa garrafa. A novidade é que não veio do mar e que inclui uma mensagem ali deixada há 200 anos, conta a BBC.

Na segunda-feira, uma equipa de voluntários, composta por estudantes, escavavam perto de um penhasco onde acabaram por encontrar um pote de barro com um pequeno frasco de vidro no seu interior. O frasco de vidro, por sua vez, continha um papel enrolado com uma mensagem.

“P.J. Féret, natural de Dieppe, membro de variadas sociedades intelectuais, fez escavações aqui, em Janeiro de 1825. Continua as suas investigações nesta grande área conhecida como Cité de Limes ou Campo de César”, lê-se no papel aberto terça-feira à noite.

Guillaume Blondel, coordenador do serviço arqueológico da cidade de Eu, a cerca de 30 quilómetros do local da escavação, explicou à BBC que se tratava “de um tipo de frasco que as mulheres costumavam levar ao pescoço com sais de cheiro”.

O autor da mensagem, P.J. Féret, era um indivíduo conhecido na região no século XIX. Os registos municipais confirmam que tinha participado, há 200 anos, em escavações arqueológicas naquele preciso lugar.

“Foi um momento mágico”, disse Blondel sobre o momento em que encontrou a mensagem escrita num papel atado com cordel. “Por vezes encontramos estas cápsulas do tempo deixadas por carpinteiros que construíram as casas. Mas na arqueologia é muito raro. A maior parte dos arqueólogos prefere pensar que não virá ninguém escavar depois deles, porque já fizeram o trabalho todo”, explicou à emissora britânica.

A mensagem na garrafa surge depois de uma série de outras descobertas reveladoras em Dieppe. As equipas arqueológicas sabiam que se tratava de um território gaulês. Contudo, não imaginavam a sua importância. Desde o início da escavação já foram descobertos inúmeros artefactos, sobretudo peças de cerâmica, com cerca de 2000 anos.

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