Hóquei em patins: Portugal afasta França e está nas meias-finais do Mundial

Selecção nacional venceu a França por 4-2, num jogo com equilíbrio e indefinição até aos últimos segundos. A Espanha é o adversário que se segue.

Foto
FPP
Ouça este artigo
00:00
03:12

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

A selecção portuguesa de hóquei em patins já sabia que lhe tinha calhado a fava nos quartos-de-final do Mundial 2024. Ao terminar o Grupo A no segundo lugar, viu sair-lhe a França ao caminho e, nesta sexta-feira, em Novara, sentiu as dificuldades que se anteviam frente a um adversário que conta com uma geração de grande qualidade. Ainda assim, Portugal levou a melhor (4-2) e apurou-se para as meias-finais da prova.

Com Zé Miranda novamente no "cinco" inicial, Portugal entrou bem e chegou ao golo aos 5', com uma grande arrancada do jogador mais jovem da convocatória, concluída com um remate a uma mão, de Gonçalo Pinto.

A França, treinada por Nuno Lopes (técnico do Sp. Tomar) e assente no talento dos três irmãos Di Benedetto (Carlo, Roberto e Bruno), conseguiu responder, utilizando essencialmente as transições, os bloqueios para a meia distância e sem correr demasiados riscos. E chegou ao empate aos 15', na recarga de Carlo Di Benedetto após uma defesa de Ângelo Girão.

A selecção portuguesa elaborava pouco os ataques, mas quando conseguia utilizar a pista à largura criava alguns desequilíbrios. João Rodrigues e Xavi Cardoso surgiram na cara do guarda-redes para o desvio, enquanto do lado contrário Girão ia controlando as stickadas de longe - e uma grande penalidade, batida por Carlo.

O intervalo chegou com 1-1 e Portugal voltou a entrar bem na partida. Logo aos 3' do segundo tempo, Rafa encontrou espaço para stickar e contou com a ajuda de Chambel na baliza francesa, ao deixar escapar a bola para dentro da baliza quando parecia ter o lance controlado.

Ia ter de ser a França a arriscar novamente mas desta vez a selecção portuguesa não deu tantas transições. Pelo contrário, foi paciente e passou, ela própria, a aproveitar melhor os momentos para o contra-ataque. Vieirinha e Hélder Nunes estiveram perto do 3-1, já depois de Gonçalo Alves ter falhado um livre directo (a punir a 10.ª falta) e antes de voltar a falhar, mas de penálti, após falta sobre João Rodrigues.

Havia seis minutos para jogar e, aos 46', Portugal matou o jogo. Bruno Di Benedetto e Remi Herman erraram na mesma jogada, João Rodrigues isolou-se e, com frieza, fez o 3-1. Uma vantagem ampliada, perto do final, a que se juntou um cartão azul a Bruno Di Benedetto, deixando a selecção portuguesa em powerplay.

Estavam reunidas as condições para um final de jogo tranquilo, certo? Nem por isso. Mesmo em inferioridade numérica, a França conseguiu reduzir, com um golo de ângulo apertado de Carlo di Benedetto, e ainda dispunha de três minutos para forçar o empate. Até porque Portugal chegava às nove faltas e ficava perto de enviar o adversário para a linha do livre directo.

E caiu mesmo a 10.ª falta, a 30 segundos do fim. Carlo contornou Girão e acertou no poste. Houve ataque de Portugal, tentativa de transição francesa e roubo de bola de Hélder Nunes, numa altura em que os gauleses já forçavam o 5x4. Resultado? Baliza vazia e um dos golos mais fáceis da carreira internacional de Hélder Nunes, que fixou o 4-2 final.

Segue-se a Espanha, adversário da praxe, nas meias-finais do Mundial, já no sábado, às 17h30 (RTP).

Sugerir correcção
Comentar