Queimar espantalhos

O primeiro-ministro optou pelo caminho mais fácil e no final do Conselho de Ministros de anteontem decidiu agitar o espantalho dos “interesses particulares” e da existência de “coincidências a mais”.

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Já foram os madeireiros, já foram as celuloses, já foram os vendedores de material de combate a incêndios, é sempre o eucalipto. Podem voltar a ser, porque há sempre um espantalho disponível para queimar, quando preferimos não encarar a severidade do problema. Se conseguirmos nomear um culpado (mesmo que ele não possa ser individualizado e por mais que, ao longo dos anos, tal escolha não seja suportada pelas investigações policiais nem pelos tribunais), a responsabilidade não fica para ninguém.

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