Israel diz que atingiu vários alvos do Hezbollah no Líbano

Ataques israelitas surgem na sequência da explosão de milhares de dispositivos usados por membros do Hezbollah em território libanês.

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Coluna de fumo na sequência de um ataque israelita em Kfar Kila, no Sul do Líbano ATEF SAFADI / EPA
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As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram nesta quinta-feira, 19 de Setembro, que atingiram vários alvos do Hezbollah no Sul do Líbano durante a noite. Os ataques aéreos são levados a cabo num ambiente de crescente tensão regional, na sequência da explosão simultânea de milhares de pagers e walkie-talkies de membros da milícia xiita que matou 32 pessoas e feriu quase 3000, e cuja autoria é atribuída aos serviços secretos israelitas.

Segundo as IDF, citadas pela Reuters, os ataques contra o Hezbollah atingiram alvos em Chihine, Tayibe, Blida, Meiss El Jabal, Aitaroun e Kfarkela, e um armazém de armas em Khiam.

A imprensa israelita noticia ainda o ferimento de pelo menos oito civis israelitas, atingidos por mísseis antitanques disparados a partir do Líbano contra o Norte de Israel, numa alegada retaliação do Hezbollah, não confirmada oficialmente.

Na quarta-feira, o grupo apoiado pelo Irão já tinha lançado cerca de 20 projécteis contra Israel, mas a maior parte foi interceptada pelos sistemas de defesa aérea israelitas e, segundo as IDF, não fez quaisquer mortos ou feridos.

Cerca de dez mísseis foram disparados contra a zona do monte Hermon, nos Montes Golã ocupados por Israel, onde as IDF têm importantes infra-estruturas de vigilância, espionagem e defesa aérea.

Enquanto aumentam os receios de uma escalada entre Israel e o Líbano, cujas autoridades prometeram apresentar uma queixa contra os israelitas por causa da explosão dos dispositivos no seu território, que mataram e feriram civis, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, na quarta-feira, uma resolução sem precedentes, que pede que Israel ponha fim à sua “presença ilegal” nos Territórios Palestinianos (Gaza e Cisjordânia) no prazo de um ano.

A pedido da Argélia, em nome de vários países árabes, o Conselho de Segurança da ONU reúne-se na sexta-feira para discutir o ataque atribuído à Mossad contra os membros do Hezbollah.

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