O cão Billy adora música clássica — e assistiu a um concerto da orquestra de Vancouver

Foi adoptado por um casal de músicos e gosta de os ouvir tocar. Segundo o maestro da orquestra, Billy sentou-se e fechou os olhos para sentir a melodia.

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O cão Billy também usou smoking para o concerto da orquestra Lucian Barz
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Sentado numa almofada no meio de uma sala de ensaios de uma orquestra, um pastor alemão vestido com um smoking fechou pacificamente os olhos para absorver a música ao vivo à sua volta.

Billy, de dois anos e meio, é um defensor cada vez mais popular da música clássica nas redes sociais. Por isso, foi convidado pela Orquestra Metropolitana de Vancouver, no Canadá, para participar no primeiro ensaio da temporada que se realizou no dia 4 de Setembro.

O casal de músicos Lucian Barz, um violinista e violista de 33 anos, e Teresa Bowes, pianista de 27 anos, adoptaram o cão numa quinta para animais resgatados no Texas, em Junho de 2022. Contudo, desconheciam completamente o gosto de Billy pela música clássica.

“Mas não fiquei surpreendido. Ouvimos muitas coisas sobre animais que gostam de música. Eu cresci numa quinta, pegava no meu violino e tocava para as vacas”, recordou o dono.

Segundo Lucian, Teresa toca frequentemente música clássica em casa. Pouco depois de adoptarem Billy, aperceberam-se que o cão era receptivo às harmonias que ouvia todos os dias.

“É sobretudo um alimento para a alma, ver a pureza de um animal a apreciar a música. É um lembrete de que a música é a linguagem universal”, afirma Lucian.

Ken Hsieh, o maestro da orquestra de Vancouver, decidiu tocar a Sinfonia n.º 4 de Schumann para Billy. Reparou que o cão era muito sociável com os músicos e pensou que ia ser activo durante a actuação. Para sua surpresa, o animal ficou quieto e acompanhou a música respeitosamente.

“Levantava a cabeça quando ouvia a cor — um tom importante na música — e baixava-a quando era suave”, disse Hsieh. “É um comportamento rico e activo, e é o que eu desejo que o meu público faça. Quero que passem por este mesmo estado emocional”, acrescentou.

Esther Hwang, 29 anos, é amiga dos donos de Billy e foi a primeira a tocar para o cão. É o primeiro-violino da orquestra.

“Toquei para ele como se estivesse a tocar para um público ao vivo, com a mesma qualidade e apresentação. Fiquei definitivamente comovida quando actuei pela primeira vez para o Billy e vi que estava calmo e a ouvir com os olhos fechados.”

Apercebeu-se da quantidade de pessoas nas redes sociais que queriam ver Billy numa actuação ao vivo de maior dimensão e achou que o ensaio era a oportunidade perfeita para ele.

“O Billy está a trazer um novo público para a música clássica, que é o que a indústria precisa. A música clássica pode ser um nicho muito específico, mas ele está a convidar novos ouvintes e isso é muito comovente.”


Exclusivo PÚBLICO/ The Washington Post

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