Cheias na Europa Central: mais rios transbordam e o número de mortos aumenta

A subida do nível dos rios na Europa Central, incluindo o Danúbio, coloca mais cidades em alerta. Governo polaco deve reunir-se esta segunda-feira para anunciar estado de calamidade.

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Imagem captada por drone de uma área inundada pelo rio Nysa Klodzka em Nysa, Polónia, 16 de Setembro de 2024 Kacper Pempel / REUTERS
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Casas desmoronaram no rio Bela após fortes chuvas na cidade de Jesenik, República Checa, 16 de Setembro de 2024 MARTIN DIVISEK / EPA
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Aldeia de Pechea, perto da cidade de Galati (onde seis pessoas morreram devido às cheias), na Roménia, foi uma das várias afectadas pelas recentes inundações ROBERT GHEMENT / EPA
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Imagem captada por drone de uma área inundada pelo rio Nysa Klodzka em Nysa, Polónia, 16 de Setembro de 2024 Kacper Pempel / REUTERS
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Ponte desmoronou após onda do rio Bela que transbordou depois de fortes chuvas na aldeia de Adolfovice, República Checa, 16 de Setembro de 2024 MARTIN DIVISEK / EPA
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Mais rios da Europa Central transbordaram esta segunda-feira, na sequência de inundações que já mataram pelo menos 14 pessoas, da Polónia à Roménia, e deixaram muitas cidades submersas ou afectadas por águas cheias de detritos, após dias de chuva intensa.

As zonas fronteiriças entre a República Checa e a Polónia foram fortemente atingidas durante o fim-de-semana. Algumas pontes caíram e casas foram destruídas, enquanto aldeias e cidades no leste da Roménia ficaram submersas.

O Governo polaco declarou estado de calamidade e destinou cerca de 243 milhões de euros para apoiar as vítimas. O primeiro-ministro, Donald Tusk, disse que estava em contacto com os governantes de outros países afectados e que iriam pedir em conjunto apoio financeiro da União Europeia para lidar com esta catástrofe.

O reservatório de Topola, no sul do Polónia, estava tão cheio que água ultrapassou as margens, dirigindo-se para a vila de Kozielno. As autoridades locais anunciaram que várias cidades e vilas próximas seriam evacuadas.

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Passagem subterrânea inundada na sequência de fortes chuvas em Chisinau, na Moldávia, a 15 de setembro de 2024 EPA/DUMITRU DORU

Embora os rios na zona fronteiriça entre a República Chega e a Polónia tenham começado a recuar esta segunda-feira, as inundações estão a afectar mais zonas e a deixar em alerta as grandes cidades de ambos os países.

Na República Checa, a subida do rio Morava durante a noite colocou Litovel, uma cidade a 230 km a leste de Praga, a capital da Chéquia, com uma população de quase 10.000 habitantes, cerca de 70% debaixo de água e encerrou escolas e instalações de saúde, disse o presidente da Câmara de Praga num vídeo no Facebook.

"Estava muito, muito assustada... Fugi porque a água estava a subir muito rapidamente ao pé da minha casa", disse à Reuters Renata Gaborova, de 39 anos.

As inundações em partes da capital regional do nordeste da República Checa, Ostrava, obrigaram ao encerramento de uma central eléctrica que fornece calor e água quente à cidade, bem como de duas fábricas de produtos químicos.

Mais de 12.000 pessoas foram deslocadas das suas casas na República Checa, disse o primeiro-ministro Petr Fiala no domingo à noite na rede social X, ao convocar uma sessão extraordinária do Governo para esta segunda-feira. A televisão checa noticiou a primeira vítima confirmada na segunda-feira, somando-se às vítimas em toda a região.

Na Roménia, as inundações mataram seis pessoas durante o fim-de-semana e um bombeiro austríaco morreu no domingo. A polícia polaca confirmou quatro mortes, embora a agência noticiosa PAP tenha mencionado cinco.

Rio Danúbio também subiu

O vice-ministro polaco da Administração Interna, Czeslaw Mroczek, disse à Rádio Polaca, na segunda-feira, que milhares de bombeiros, polícias e soldados lutaram contra as cheias nas últimas 24 horas, enquanto o Governo ainda estava a trabalhar para determinar a escala dos danos.

A capital da Eslováquia, Bratislava, e a capital da Hungria, Budapeste, prepararam-se para a subida do rio Danúbio. O ministro da Administração Interna húngaro, Sandor Pinter, diz que 12 mil soldados estão em prontidão para agir, em caso de emergência.

Na Áustria, os níveis dos rios e dos reservatórios baixaram durante a noite, à medida que a chuva diminuía, mas as autoridades disseram que estavam a preparar-se para uma segunda vaga, uma vez que se esperava chuva mais forte nas próximas horas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, numa mensagem no X, enviou palavras de solidariedade às pessoas afectadas pelas inundações e disse que a União Europeia iria prestar apoio.