FBI investiga nova “tentativa de homicídio” de Trump. Biden pede reforço de protecção

Serviços Secretos abriram fogo contra um indivíduo que estaria à espera de Trump armado com uma espingarda, escondido nuns arbustos. Suspeito fugiu do local, mas acabou detido pelas autoridades.

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Donald Trump, candidato republicano à presidência dos Estados Unidos Shannon Stapleton
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O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, está em segurança depois de terem sido disparados tiros nas proximidades do seu clube de golfe em Miami, no estado norte-americano da Florida. O caso está nas mãos do FBI, que em comunicado disse estar a investigar "o que parece ser uma tentativa de homicídio contra o ex-Presidente". Joe Biden, por outro lado, já ordenou o reforço da protecção a Trump.

O Presidente dos Estados Unidos disse ter pedido à sua administração para garantir que os Serviços Secretos “têm todos os recursos, capacidades e medidas de protecção necessárias para garantir a segurança contínua” de Trump. “Um suspeito está sob custódia e elogio o trabalho do Serviço Secreto e dos seus parceiros responsáveis pela aplicação da lei pela sua vigilância e esforços para manter o ex-presidente e aqueles que o rodeiam em segurança. Estou aliviado por o ex-Presidente estar ileso”, acrescentou ainda.

A informação de tiros disparados perto do Trump International Golf Club foi inicialmente avançada pelo tablóide New York Post, citando fontes policiais. Os acontecimentos foram confirmados pelo gabinete do Xerife do Condado Palm Beach, pelo FBI e pelos Serviços Secretos. Os disparos terão sido todos realizados por um agente da equipa de segurança que acompanhava Donald Trump, depois de os primeiros relatos do New York Post terem dado conta de uma "troca de disparos entre dois indivíduos".

Numa conferência de imprensa sobre a investigação em curso, o xerife Ric Bradshaw explicou que o suspeito foi detectado por um agente dos Serviços Secretos que circulava sempre "um ou dois buracos" à frente de Trump no percurso de golfe. O agente terá avistado o cano de uma arma entre os arbustos e abriu fogo contra o suspeito, que se pôs em fuga, escapando do local num SUV preto.

O indivíduo, cuja identidade não foi revelada pelas autoridades, não chegou a realizar qualquer disparo contra Trump. Graças a uma testemunha ocular que fotografou a matrícula e o automóvel utilizado na fuga, as autoridades identificaram o suspeito a circular numa auto-estrada intra-estadual, tendo sido detido no condado vizinho de Martin, segundo revelou Bradshaw.

No local do incidente, o suspeito deixou uma espingarda do tipo AK-47 com uma mira, duas mochilas e uma câmara, acrescentou o xerife, congratulando os Serviços Secretos por um "excelente trabalho".

De acordo com as autoridades, Donald Trump estaria a entre 265 e 457 metros de distância do local dos tiros. O suspeito estaria à espera do candidato republicano numa zona em que tinha visibilidade para dois buracos e não chegou a avistá-lo.

O FBI assumiu a liderança da investigação, pedindo à população que se mantenha afastada do campo de golfe. O xerife garantiu que a segurança está garantida e que todas as instalações públicas nas imediações vão continuar abertas, uma vez que a ameaça foi controlada.

A campanha de Trump foi rápida a garantir que o candidato republicano estava em segurança. O porta-voz do ex-Presidente dos Estados Unidos, Steven Cheung, disse ao Post que Trump estava "em segurança depois de tiros disparados nas suas imediações", não acrescentando mais pormenores sobre o incidente, que ocorreu por volta das 13h30 locais (18h30 em Portugal Continental).

A Casa Branca comunicou ao início da noite que o Presidente Joe Biden e a vice-Presidente Kamala Harris foram informados quanto ao acidente, manifestando-se aliviados por saberem que Trump está em segurança.

O incidente acontece pouco mais de dois meses depois de Donald Trump ter ficado ferido numa orelha na sequência de um ataque a tiro durante um comício em Butler, na Pensilvânia.

O candidato foi na altura atingido de raspão na orelha direita por uma bala disparada por Thomas Crooks, de 20 anos, que foi abatido no local por um atirador dos Serviços Secretos. Outros tiros disparados por Crooks acabaram por matar um civil que assistia ao comício. com Reuters

Notícia actualizada às 9h13 do dia 16 de Setembro de 2024 com a informação relativa ao reforço de protecção pedido por Joe Biden.

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