Mais de 100 activistas sindicais assinalam 45 anos do SNS em protesto frente ao ministério

Coordenador da Frente Comum diz que Governo continua uma política que “não garante o reforço dos meios humanos, materiais e financeiros do Serviço Nacional de Saúde” e desvia recursos para o privado.

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Delegados, dirigentes e ativistas sindicais protestam em frente ao Ministério da Saúde em defesa do SNS em Lisboa ANTÓNIO PEDRO SANTOS / LUSA
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Mais de uma centena de delegados, dirigentes e activistas sindicais estão concentrados em frente ao Ministério da Saúde para assinalar os 45 anos do SNS, com uma acção de luta em sua defesa, após “o ataque” que tem sofrido.

A Avenida João Crisóstomo, em Lisboa, está colorida com bandeiras de todos os sindicatos da Frente Comum, promotora do protesto, erguidas por sindicalistas que entoam palavras de ordem como É preciso investir para a saúde garantir, A saúde é um direito, não é um negócio ou A saúde é um direito sem ela, nada feito.

À frente da concentração, onde se destaca uma faixa com a inscrição Defesa-Reforço-Investimento + SNS", está um palco por onde vão desfilando e intervindo representantes dos sindicatos, que apelam a um SNS mais forte no ano em que se assinala 45 anos, comemorados no domingo, e à defesa dos trabalhadores.

Presente no protesto, o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, considerou, em declarações aos jornalistas, que a maneira mais digna de se comemorarem os 45 anos do Serviço Nacional de Saúde é a luta, dado o ataque que tem vindo a sofrer ao longo das últimas décadas e de uma forma muito especial e muito aguda nestes últimos meses.

Apesar de toda a propaganda, este Governo manteve o Orçamento do Estado que havia para a Saúde, que contempla 50% do seu orçamento para o sector privado, e continua uma política que não garante o reforço dos meios humanos, materiais e financeiros do Serviço Nacional de Saúde.

Por outro lado, dá um passo em frente na privatização dos cuidados primários de saúde com a criação das unidades de saúde familiar modelo C pelo sector social ou entidades privadas, disse Sebastião Santana.

No seu entender, este projecto é uma antecâmara da privatização dos cuidados primários de saúde”.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, fez questão de participar na manifestação, uma presença que foi aplaudida pelos presentes.