Incêndio na Amora teve origem em carro que se incendiou
Uma zona de mato e floresta na Amora, no distrito de Setúbal, está a ser afectada por um incêndio. Há vários meios de combate no local.
Um incêndio deflagrou em Vale de Tanques, em Amora, freguesia do distrito de Setúbal, ao início da tarde desta quarta-feira. O fogo, que teve origem num carro que se incendiou, está com duas frentes activas e mantém-se em perímetro florestal, não havendo casas em risco, segundo a Protecção Civil. Está a ser combatido por mais de quatro centenas de operacionais, apoiados, às 19h40, por 138 meios terrestres e dois meios aéreos.
O primeiro alerta foi dado às 13h04, pouco mais de dez minutos após o início do fogo, segundo o site Fogos.pt. Este continua em progressão e assume grandes dimensões, sendo acompanhado de uma densa nuvem de fumo visível a vários quilómetros de distância.
Segundo a fonte do Comando Sub-Regional da Protecção Civil da Península de Setúbal, em declarações à agência Lusa, "há habitações e uma bomba de gasolina" nas proximidades do incêndio, não havendo, porém, "conhecimento de que estejam em perigo". Existem já "estradas cortadas para as zonas residenciais de Belverde e Aroeira", segundo a SIC Notícias.
A agência Lusa esclarece, ainda, de acordo com informações da fonte da GNR, que o fogo teve "origem numa viatura que se incendiou na auto-estrada A33 e se alastrou a uma zona de mato". Por isso, "os dois acessos da A33 à zona [de Belverde] estão cortados para evitar que as pessoas se desloquem para o local". Com a excepção destes dois cortes, o trânsito flui com normalidade nesta auto-estrada.
Segundo o presidente da Câmara do Seixal, Paulo Silva, em declarações à Lusa, o vento forte é uma grande dificuldade no combate ao incêndio. Informa que as chamas já chegaram à Herdade da Apostiça, no concelho de Sesimbra, localizada igualmente numa zona de mato. "A empresa de construção civil Alves Ribeiro, que está a laborar aqui na zona, colocou os seus meios mecânicos à disposição, que também estão a dar uma forte ajuda no combate ao incêndio", explica.
"Presentemente não há habitações em risco", disse à Lusa o comandante sub-regional da Península de Setúbal da Autoridade Nacional de Emergência e Protceção Civil (ANEPC), Sérgio Moura, pelas 17h45, dando conta de duas frentes activas, uma das quais em direcção à Herdade da Apostiça, área essencialmente florestal já no concelho vizinho de Sesimbra, e das dificuldades sentidas nas operações devido ao vento.
Segundo o comandante, há meios posicionados para defesa de um posto de abastecimento de combustíveis e de um depósito de munições militares da NATO, com a colaboração das Forças Armadas, para adopção de "medidas preventivas".
As Estradas Nacionais (EN) 377, entre Seixal e o Meco, e 378, que liga o Seixal a Sesimbra, estão condicionadas por apresentarem "reduzida visibilidade" devido ao fumo, mas não estão interditadas à circulação.
As autoridades "desaconselham as deslocações desnecessárias, não só para as pessoas não se colocarem em risco, como para não comprometerem a mobilidade dos meios de socorro", acrescentou Sérgio Moura.
Em declarações aos jornalistas cerca das 17h30, no local, o subcomandante da Protecção Civil da Península de Setúbal, Miguel Silva, indicou também não haver habitações atingidas ou qualquer dano humano, apesar de numa fase inicial as chamas terem estado próximas a um supermercado, uma bomba de gasolina e um lar localizados na zona da cauda do incêndio.
"Neste momento não oferece qualquer risco [...]. Está a arder em perímetro florestal", afirmou, admitindo, contudo, que o vento está a dificultar o combate e que tem havido "muitas reactivações nos flancos".
Texto editado por Ana Fernandes