Incêndio na Amora teve origem em carro que se incendiou

Uma zona de mato e floresta na Amora, no distrito de Setúbal, está a ser afectada por um incêndio. Há vários meios de combate no local.

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Bombeiros combatem o incêndio na zona de Belverde, freguesia da Amora, concelho do Seixal FILIPE AMORIM / LUSA
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Bombeiros combatem o incêndio na zona de Belverde, freguesia da Amora, concelho do Seixal FILIPE AMORIM / LUSA

Um incêndio deflagrou em Vale de Tanques, em Amora, freguesia do distrito de Setúbal, ao início da tarde desta quarta-feira. O fogo, que teve origem num carro que se incendiou, está com duas frentes activas e mantém-se em perímetro florestal, não havendo casas em risco, segundo a Protecção Civil. Está a ser combatido por mais de quatro centenas de operacionais, apoiados, às 19h40, por 138 meios terrestres e dois meios aéreos.

O primeiro alerta foi dado às 13h04, pouco mais de dez minutos após o início do fogo, segundo o site Fogos.pt. Este continua em progressão e assume grandes dimensões, sendo acompanhado de uma densa nuvem de fumo visível a vários quilómetros de distância.

Segundo a fonte do Comando Sub-Regional da Protecção Civil da Península de Setúbal, em declarações à agência Lusa, "há habitações e uma bomba de gasolina" nas proximidades do incêndio, não havendo, porém, "conhecimento de que estejam em perigo". Existem já "estradas cortadas para as zonas residenciais de Belverde e Aroeira", segundo a SIC Notícias.

A agência Lusa esclarece, ainda, de acordo com informações da fonte da GNR, que o fogo teve "origem numa viatura que se incendiou na auto-estrada A33 e se alastrou a uma zona de mato". Por isso, "os dois acessos da A33 à zona [de Belverde] estão cortados para evitar que as pessoas se desloquem para o local". Com a excepção destes dois cortes, o trânsito flui com normalidade nesta auto-estrada.

Segundo o presidente da Câmara do Seixal, Paulo Silva, em declarações à Lusa, o vento forte é uma grande dificuldade no combate ao incêndio. Informa que as chamas já chegaram à Herdade da Apostiça, no concelho de Sesimbra, localizada igualmente numa zona de mato. "A empresa de construção civil Alves Ribeiro, que está a laborar aqui na zona, colocou os seus meios mecânicos à disposição, que também estão a dar uma forte ajuda no combate ao incêndio", explica.

"Presentemente não há habitações em risco", disse à Lusa o comandante sub-regional da Península de Setúbal da Autoridade Nacional de Emergência e Protceção Civil (ANEPC), Sérgio Moura, pelas 17h45, dando conta de duas frentes activas, uma das quais em direcção à Herdade da Apostiça, área essencialmente florestal já no concelho vizinho de Sesimbra, e das dificuldades sentidas nas operações devido ao vento.

Segundo o comandante, há meios posicionados para defesa de um posto de abastecimento de combustíveis e de um depósito de munições militares da NATO, com a colaboração das Forças Armadas, para adopção de "medidas preventivas".

As Estradas Nacionais (EN) 377, entre Seixal e o Meco, e 378, que liga o Seixal a Sesimbra, estão condicionadas por apresentarem "reduzida visibilidade" devido ao fumo, mas não estão interditadas à circulação.

As autoridades "desaconselham as deslocações desnecessárias, não só para as pessoas não se colocarem em risco, como para não comprometerem a mobilidade dos meios de socorro", acrescentou Sérgio Moura.

Em declarações aos jornalistas cerca das 17h30, no local, o subcomandante da Protecção Civil da Península de Setúbal, Miguel Silva, indicou também não haver habitações atingidas ou qualquer dano humano, apesar de numa fase inicial as chamas terem estado próximas a um supermercado, uma bomba de gasolina e um lar localizados na zona da cauda do incêndio.

"Neste momento não oferece qualquer risco [...]. Está a arder em perímetro florestal", afirmou, admitindo, contudo, que o vento está a dificultar o combate e que tem havido "muitas reactivações nos flancos".

Texto editado por Ana Fernandes