Três finalistas na corrida para representar Portugal na Bienal de Arquitectura de Veneza

Das 31 propostas que responderam à chamada aberta introduzida este ano pelo Ministério da Cultura, o júri escolheu três, que agora competirão para estar presentes na bienal, que abre em Maio de 2025.

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A Fondaco Marcello, no Grande Canal, irá receber a participação portuguesa na Bienal de Veneza wikicommons images
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A escolha da representação oficial portuguesa na Bienal de Arquitectura de Veneza 2025 entrou esta quarta-feira na sua fase final, com a selecção das três propostas finalistas, saídas do total de 31 candidaturas apresentadas. O modelo estender-se-á a outras representações oficiais, adiantou o Ministério da Cultura.

As candidaturas seleccionadas são What are we doing?, da equipa constituída por Joana Pestana Lages, Paulo Moreira e Gonçalo Folgado; Paraíso, Hoje., de Paula Melâneo, Pedro Bandeira, Luca Martinucci, Catarina Raposo e Nuno Cera; e Reclaim, Repair, Regenerate: Towards a constellation of protocols, de António Pedro Faria, João Francisco Sousa, Miguel Teodoro, Nádia Santos e Tiago Ascensão.

Os três projectos finalistas foram escolhidos "por unanimidade" pelo grupo de trabalho responsável pela selecção, constituído pelos arquitectos Ana Jara, Ana Vaz Milheiro, Diogo Passarinho, Inês Lobo e Luís Santiago Baptista, adianta o comunicado divulgado esta tarde.

O projecto que vier a ser seleccionado constituirá a representação oficial portuguesa na 19.ª Exposição Internacional de Arquitectura – Bienal de Veneza, a acontecer de 10 de Maio a 23 de Novembro de 2025, sob o tema Intelligens. Natural. Artificial. Colectivo. Portugal regressará desta feita ao palácio Fondaco Marcello, junto ao Grande Canal.

O processo de selecção da representação oficial portuguesa na Bienal de Veneza foi alterado pela ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, no passado mês de Julho. Inicia-se agora com uma chamada aberta "à manifestação de interesse", deixando para trás o processo baseado em convites que vigorou até ao ano passado.

"Após o sucesso desta experiência de abertura à apresentação de propostas, que garante uma participação ampla e transparente nas representações oficiais de Portugal, alteram-se os procedimentos de selecção para todas as representações oficiais, passando a ter regulamentação própria e libertando-se dos espartilhos jurídico-administrativos dos concursos limitados, até aqui obrigatórios", adiantou esta quarta-feira o Ministério da Cultura

A escolha para a edição da Bienal de Artes de Veneza de 2026 também seguirá este novo modelo de selecção.

A "chamada à manifestação de interesse" para a Bienal de Arquitectura 2025 foi lançada no passado dia 24 de Julho. De acordo com o comunicado divulgado esta quarta-feira, "foram apresentadas 31 propostas", tendo sido "seleccionadas, por unanimidade, as três candidaturas que passam à fase final".

O grupo de trabalho, ainda segundo o Ministério da Cultura, "elaborou uma nota de agrado, não apenas pelo número de candidaturas recebidas, mas também pela diversidade das abordagens, pelos temas específicos e pela formação adequada dos elementos" das equipas.

"A qualidade e consistência da proposta curatorial, a resposta ao tema lançado pelo curador geral da Bienal de Veneza 2025, o curriculum vitae do candidato ou equipa e a apropriação do espaço do pavilhão" que vai acolher a representação portuguesa eram os critérios da escolha, descritos no despacho de 24 de Julho.

A segunda fase do concurso seguirá agora as regras estabelecidas para o modelo anterior de concurso limitado, a partir do convite de candidatos.