Digi promete chegar ao mercado português “muito em breve”
Empresa de capital romeno promote uma “boa oferta” de telecomunicações, “adaptada ao mercado português e aos requisitos dos consumidores portugueses”.
A operadora de telecomunicações Digi espera iniciar operações em Portugal "muito em breve". A empresa, que foi uma das participantes do leilão das frequências 5G em 2021, cujas regras a obrigam a lançar a oferta comercial até final de Novembro, diz estar preparada para que o arranque "aconteça antes dessa data". A garantia foi deixada pelo vice-presidente da romena Digi, dona da Digi Portugal, Valentim Popoviciu, que nesta terça-feira participou num dos painéis da conferência organizada pela Anacom sobre o desenvolvimento do 5G.
O gestor assegurou que a empresa terá "uma boa rede" para permitir uma boa experiência de utilização aos clientes, mas lembrou que a empresa tem de desenvolver em dois anos aquilo que outros operadores fizeram em duas décadas. "O lançamento da rede é apenas o começo para nós no mercado português, vai ser um processo de evolução" no fixo e no móvel. Haverá "um esforço contínuo" de alargamento das coberturas, afirmou.
Popoviciu frisou que a empresa tem mais de 600 trabalhadores em Portugal e está preparada "para trazer mais serviços para o mercado português". O vice-presidente da Digi garante que a entrada da empresa "vai tornar o mercado mais dinâmico e trazer mais inovação". Com o aumento da concorrência, "os operadores vão querer fazer melhor" e isso irá reflectir-se na tecnologia e nos preços.
À margem da conferência, o administrador da Digi escusou-se a apresentar detalhes sobre a estratégia comercial, mas garante que estará "em linha" com o que a empresa tem "nos outros mercados", como Roménia e Espanha. "Para nós o que é importante não é apenas a qualidade dos serviços, mas também a disponibilidade dos serviços para os consumidores", salientou.
"Penso que teremos uma boa oferta, e uma oferta que vai ser adaptada ao mercado português e aos requisitos dos consumidores portugueses", disse ainda.
A Digi chegou a acordo com a dona da Nowo para comprar esta empresa que também comprou frequências móveis no leilão 5G e tem operações de rede fixa nalguns concelhos do país. O processo de concentração está neste momento a ser analisado na Autoridade da Concorrência e, sobre este negócio, Valentim Popoviciu espera que a decisão do regulador chegue "num prazo razoável", já que não antevê que suscite problemas concorrenciais, pois a empresa ainda não tem operação em Portugal.