A fuga de cinco reclusos da prisão de Vale de Judeus no sábado veio evidenciar "uma série de fragilidades e deficiências" do sistema prisional em Portugal, que são "muito graves", considera o presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, Jorge Bacelar Gouveia. Para o constitucionalista, é preciso que se avance com uma auditoria "às condições de funcionamento das prisões portuguesas, sobretudo as que são de alta segurança, para que estes casos não se repitam". O ex-presidente do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (entre 2006 e 2008) defende que a ministra da Justiça ou o primeiro-ministro já deveriam ter-se pronunciado publicamente sobre este caso e critica a posição assumida pelo director-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, que, na conferência de imprensa deste domingo, admitiu que há problemas de falta de recursos humanos e de recursos técnicos, como o facto de a cerca eléctrica não poder ser ligada, porque, se fosse, "a electricidade da prisão ia abaixo".
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