Um homem hediondo para nos olharmos ao espelho de forma dolorosa — mas necessária
A partir de David Foster Wallace, Patrícia Portela encena em Homens Hediondos, no TeCA, um monólogo de Nuno Cardoso sobre um tipo nefasto de homem, que ora se passeia por aí, ora reprimimos a custo.
Ele tinha uma “paranóia”: casar-se com “uma gaja toda boa” e, após o primeiro filho, vê-la a ficar muito menos sexy, com “as mamas todas caídas”. A sua mulher tinha “as curvas certas”. E “já tinha sido mãe”, portanto já passara o teste. Ninguém vai a um stand de automóveis com vontade de levar para casa um Dacia; é para se comprar um Mercedes.
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