A chef tailandesa Pam, considerada a melhor da Ásia em 2024 pelos 50 Best, recuperou o edifício da Chinatown de Banguecoque, onde no passado a família teve uma farmácia de medicina chinesa, e abriu aí o restaurante Potong e o Bar Opium. O chef Ton e o seu irmão, Tam, abriram o Nusara em homenagem à avó, que ajudou a criá-los. São projectos que nascem da forte ligação aos antepassados que vieram da China para a Tailândia e aqui criaram raízes.

Guiados por Pam, Tam e Ton, Alexandra Prado Coelho foi descobrir o tanto que a cozinha tailandesa deve às influências chinesas. Porque até o pad thai, prato simbólico da Tailândia (apesar de relativamente recente), é mais chinês do que poderíamos imaginar. Afinal não é de noodles que estamos a falar?

Mas também os portugueses deixaram a sua marca na gastronomia (e não só) da Tailândia. Os fios de ovos são apenas um exemplo. No bairro de Kudeejeen encontrámos muitas outras histórias que ligam os dois países. É de não perder pitada!

Para "desmoer" as iguarias, Maria José Santana (texto) e Adriano Miranda (fotos) propõem-nos viver a ria de Aveiro. Ou antes: contam como José Manuel, Cristina e os filhos, Marta e Duarte, trouxeram à tona o projecto Livin Barca, que segue de vento em popa. Na ementa, há passeio de barco a motor ou à vela, windsurf, ski aquático, wakeboard, stand up paddle ou hydro foil, ou voar sobre as águas, como na foto em baixo.

Já Paula Sofia Luz (texto) e Nuno Ferreira Santos (fotos) foram à descoberta da Quinta da Chumbaria, uma aldeia que renasceu, na serra do Branco, voltada para o turismo e a permacultura, graças à iniciativa de um casal inglês. Sarah e Steve McGuinness trocaram a cidade costeira de Brighton pela região centro portuguesa e, na freguesia de Colmeias, no concelho de Leiria, fizeram renascer um aglomerado de casas, que, desde o início deste mês, passaram a estar disponíveis para hóspedes.

Já um pouco mais a norte, no concelho de Tábua, Paula Sofia Luz (texto) e Adriano Miranda (fotos) testemunharam como uma propriedade, outrora destinada a museu, viu o seu destino mudar quando o fogo a reduziu a cinzas, em Outubro de 2017. Ganhou então novo objectivo e é hoje o Palace Hotel de Midões, com 14 quartos temáticos, um restaurante (aberto ao público em geral, e não apenas a hóspedes), um salão de eventos e, ainda em projecto, uma piscina — muito reclamada nos dias de calor.

Entre o verde que rodeia o hotel rural não faltam oliveiras, que muito provavelmente subscreveriam o Manifesto assinado por Miguel Esteves Cardoso: "não ao azeite, sim às azeitonas". É que, diz o cronista, "a mais preciosa fruta que tem Portugal é também a mais maltratada e denegrida". E defende: "Comer pão e azeitonas, acompanhados por vinho, é um dos maiores prazeres gastronómicos que se pode ter. Nem as azeitonas nem o pão, nem o vinho, têm de ser muito bons. Têm é de ser decentes." Já o azeite, acusa, "é apenas um lube".

Bom fim-de-semana e boas fugas!