As esperanças estão todas depositadas em Taylor Fritz

O número um mundial, Jannik Sinner, será o último obstáculo a uma vitória americana no US Open.

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Taylor Fritz Shannon Stapleton / REUTERS
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Será que Taylor Fritz será capaz de interromper o jejum de campeões norte-americanos no palmarés masculino do US Open? Para já, o melhor tenista dos EUA no ranking mundial é o primeiro tenista dos EUA a alcançar uma final de um torneio do Grand Slam desde Andy Roddick, em 2009. Mas o que ele quer é mesmo imitar o compatriota, que triunfou no US Open de 2003.

Na aguardada meia-final, Fritz confirmou esse estatuto ao derrotar Frances Tiafoe, que ameaçava roubar-lhe esse adjectivo, e já não deverá sentir a pressão do seu lado no derradeiro encontro, frente a Jannik Sinner, actual líder do ranking mundial e invicto em finais em 2024.

Fritz (12.º mundial) foi levado ao limite por Tiafoe (20.º) que, como tem sido habitual, absorveu melhor a energia do Arthur Ashe Stadium e dominou durante grande parte dos primeiros quatro sets. Mas um erro de direita e uma falhada tentativa de amortie em desespero, a 4-5, deram o quarto set ao compatriota.

Tiafoe não conseguiu recompor-se e Fritz manteve-se na bolha até concluir ao fim de três horas e 18 minutos. Só quando ouviu que ia ser finalista do US Open, as lágrimas apareceram.

“É um sonho tornado realidade e vou dar tudo o que tenho, sei com toda a certeza”, afirmou o vencedor, após os parciais de 4-6, 7-5, 4-6, 6-4 e 6-1. Quanto à eventual pressão, Fritz desdramatiza: “Não creio que, a jogar numa final, vá ser colocado numa situação mais stressante do que hoje. Simplesmente sinto-me bem, tenho a sensação de que vou surgir a jogar muito bem e ganhar. Quando jogo bom ténis, penso que o nível é suficientemente bom para vencer.”

Em contraste, Sinner precisou do número mínimo de sets para se tornear no primeiro italiano a qualificar-se para a final masculina do US Open e ultrapassar o amigo britânico Jack Draper (25.º), por 7-5, 7-6 (7/3) e 6-2 e elevar para 11 o número de encontros ganhos consecutivamente, depois de conquistar o título no Masters 1000 de Cincinnati, também em hardcourts.

A única preocupação de Sinner é não ter sequelas no pulso que magoou após uma queda, mostrando-se já preparado para o ambiente que vai encontrar na final de domingo (19 horas em Portugal). “Estamos na América, estamos em Nova Iorque, a jogar contra um americano, por isso o público vai estar, com certeza, um pouco mais do seu lado. Mas é normal. É como quando jogo em Itália, então vou aceitar isso. Tenho a minha equipa e os meus amigos que estão perto de mim. Sei que há muitas pessoas a assistir de casa em Itália e vou contar com o apoio deles”, afirmou Sinner que procura o seu segundo major, depois de vencer o Open da Austrália, em Janeiro,

Será a terceira vez que Sinner, de 23 anos, e Fritz, três anos mais velho, se defrontam no circuito, contabilizando uma vitória cada, ambas nos hardcourts de Indian Wells: o norte-americano ganhou em 2021 e o líder do ranking impôs-se em 2023.

A final feminina marcada para a noite deste sábado, colocava frente a frente Aryna Sabalenka (2.ª) e Jessica Pegula (6.ª).

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