PS ultrapassa AD, mas esquerda continua atrás de direita no Parlamento

O líder do PS, Pedro Nuno Santos, é também o que mais cresce em popularidade. Ainda assim, se fosse hoje a votos, a esquerda ainda perderia a maioria parlamentar para a direita.

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Pedro Nuno Santos, líder do PS, sobe nas sondagens e é o líder que mais cresce em popularidade PEDRO CASTANHEIRA E CUNHA / LUSA
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Nas vésperas de discussão do Orçamento do Estado para 2025, o PS dispara nas sondagens e ultrapassa a Aliança Democrática (AD) nas intenções de voto. Numa sondagem realizada Intercampus para o CM/CMTV e Jornal de Negócios, o PS cresce 4,5 pontos percentuais e passa para os 28,4%, ficando à frente da AD, que cresce apenas 0,2 pontos percentuais e fica atrás dos socialistas com 26,6%. A curta distância entre os dois não descarta um empate técnico.

Em Julho, uma sondagem semelhante colocava a AD 2,5 pontos percentuais à frente do PS (26,4%, contra 23,9%), mas a situação inverteu-se nos dados recolhidos entre 29 de Agosto e 4 de Setembro. A mudança surge depois de um Verão com vários problemas no funcionamento e capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde, com várias urgências hospitalares encerradas.

Ao mesmo tempo, à direita do PSD, também o Chega e a Iniciativa Liberal registam reduções nas intenções do voto em relação à sondagem de há um mês. O Chega mantém-se como a terceira força política com maior intenção de voto (13,3%) mas desce 1 ponto percentual face à sondagem de Julho. Já a Iniciativa Liberal cai 1,6 pontos percentuais, para 7,4%.

Ora, contas feitas, a direita toda somada, da AD ao Chega, continua a ter uma intenção de voto maioritária (47,3%). Já os partidos de esquerda (e o PAN) não somam mais de 41,2% dos votos entre os inquiridos.

À esquerda, o PS é um dos únicos partidos que sobe. Além do PS subir 4,5 pontos percentuais, a CDU – coligação entre o PCP e os Verdes –, cresceu um ponto percentual, embora mantenha um valor modesto (3,2%). BE e Livre caem. PAN também.

O Bloco de Esquerda viu a sua intenção de voto baixar ligeiramente, para os 5,7%. O Livre e o PAN são os que mais caem, ao baixarem 2,2 e 2,1 pontos percentuais, respectivamente, para se fixarem nos valores de 2,7% e de 1,2%.

Quase 10% dos inquiridos nesta sondagem disseram estar indecisos sobre em quem votar.

Pedro Nuno é quem mais cresce em popularidade

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, foi o líder que mais cresceu em popularidade no último mês. Os mesmos inquiridos avaliam o líder socialista com uma pontuação de 3,1 (de zero a cinco). Apesar do crescimento, Pedro Nuno Santos continua atrás de Luís Montenegro, que também sobe (mas menos) e está agora com uma pontuação de 3,3. Já Paulo Raimundo (PCP) e André Ventura (Chega) são os piores avaliados, com 2,3.

Rui Rocha, líder da IL, mantém a popularidade nos 2,9, Rui Tavares, co-porta-voz do Livre, desce para 2,8, Mariana Mortágua, líder do BE, sobe para 2,7 e Inês de Sousa Real, líder do PAN, fica nos 2,6.

No sobe e desce da popularidade, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, continua como a governante mais impopular deste executivo. A percentagem de inquiridos que considera que Ana Paula Martins é a pior ministra deste executivo subiu de 12,2% para 17,5%. Já Miguel Pinto Luz, ministro da Habitação e das Infra-estruturas, é considerado o pior ministro por cerca de 5% dos inquiridos. Já Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros, é visto como o melhor ministro: 11,9% dos inquiridos consideram-no o melhor governante, ultrapassando assim o ministro da Educação, Fernando Alexandre.

A sondagem traz também boas notícias para o Presidente da República, que depois de um Verão com avaliações negativas volta a uma avaliação positiva: 3,1.

A sondagem foi realizada através de 604 entrevistas, através de chamada telefónica para um número fixo, entre 29 de Agosto e 4 de Setembro.

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