BE quer que Câmara crie plano de obras de emergência para tornar Porto acessível

Sérgio Aires propõe a criação de um plano de obras de emergência com vista a tornar acessíveis às pessoas com mobilidade condicionada os passeios, equipamentos e outras infra-estruturas urbanas.

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O vereador do BE defende que existem "demasiadas barreiras arquitectónicas no espaço público da cidade do Porto" Fernando Veludo / ARQUIVO
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O Bloco de Esquerda quer que a Câmara do Porto elabore um plano de obras de emergência para tornar os passeios, equipamentos e outras infra-estruturas urbanas acessíveis a pessoas com mobilidade condicionada, foi anunciado. "Não se pode esperar mais tempo. As barreiras urbanísticas são uma intolerável forma de exclusão das pessoas com mobilidade condicionada", afirma o vereador do BE, Sérgio Aires.

Na proposta, a que a Lusa teve acesso, e que o BE vai apresentar na reunião do executivo de segunda-feira, Sérgio Aires afirma que as pessoas com mobilidade condicionada, em cadeira de rodas ou com carrinhos de bebé "defrontam-se com demasiados obstáculos" na cidade.

Além de obstáculos a equipamentos urbanos, o BE denuncia a falta de acesso a creches, infantários, estações de metro, paragens de transporte e atravessamento "em segurança" de arruamentos. "A ocupação sem limites do espaço público pelas esplanadas comerciais veio agravar a acessibilidade nos passeios e caminhos de peões", observa.

Nesse sentido, Sérgio Aires propõe a criação de um plano de obras de emergência com vista a tornar acessíveis às pessoas com mobilidade condicionada os passeios, equipamentos e outras infra-estruturas urbanas no próximo ano. O vereador do BE quer ainda que o plano inclua a "harmonização" entre os passeios e a faixa de rodagem, de forma a tornar "o atravessamento seguro das ruas" da cidade.

"A fruição da cidade e o acesso às mais diversas actividades continua a ser negado a milhares de pessoas com mobilidade condicionada. É-lhes dificultado o direito a uma participação cívica activa e integral, porque há ainda demasiadas barreiras arquitectónicas no espaço público da cidade do Porto", acrescenta.