Jessica Pegula cumpre sonho de infância no US Open

Aryna Sabalenka está na final do torneio norte-americano pelo segundo ano consecutivo.

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Jessica Pegula Shannon Stapleton / REUTERS
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Fora da lista de favoritas no início do US Open embora apresente-se como sexta no ranking mundial, pode dizer-se que Jessica Pegula chegou à final do major dos EUA de forma subterrânea, mais concretamente, apanhando o “metro” todos os dias para o Billie Jean King National Tennis Center – contrastando com a fama que tem, já que o seu pai é bilionário.

Aos 30 anos, a tenista que tinha sido barrada por seis vezes nos quartos-de-final dos torneios do Grand Slam, aproveitou a confiança da vitória nas meias-finais e somou o sexto triunfo no US Open, para marcar lugar na final de sábado (21 horas), com a principal candidata à conquista do título, Aryna Sabalenka.

“É um sonho de infância, era o que eu queria quando era criança. É a consequência de muito trabalho, nem conseguem imaginar quanto, por isso, poder superar todos estes desafios e poder ter uma oportunidade de ganhar o título no sábado ainda para mais no meu próprio país, no ‘meu’ Slam, é mesmo perfeito”, afirmou Pegula, depois de derrotar Karolina Muchova (52.ª), por 1-6, 6-4 e 6-2.

De volta às meias-finais do US Open e após uma cirurgia ao pulso direito que só a deixou iniciar a época em Junho, Muchova voltou a demonstrar todo o seu talento, mas apenas durante pouco mais de um set.

A checa de 28 anos fechou a partida inicial por 6-1, em 28 minutos – terminando a ganhar 19 dos derradeiros 23 pontos –, mas após o break-point que lhe poderia dar o 3-0 no segundo set, tudo mudou. Pegula ganhou um pouco de adrenalina e, com a ajuda inexcedível dos adeptos do Arthur Ashe Stadium, reencontrou a energia para cobrir todo o court, devolver os ataques da adversária e prolongar os pontos, para frustração de Muchova, que foi cometendo cada vez mais erros (40 no total).

Pegula é a mais velha tenista do EUA a estrear-se numa final de um major e também a quarta tenista a chegar às finais dos principais torneios do Verão na América do Norte (Open do Canadá, Cincinnati e US Open) e a primeira desde Serena Williams (2013).

Há três semanas, Pegula derrotou Sabalenka na final de Cincinnati, mas a número dois do ranking voltou a confirmar a boa forma e venceu a norte-americana Emma Navarro (12.ª) – e o ruidoso público do “Ashe”, por 6-3, 7-6 (7/2).

Sabalenka, que em Janeiro revalidou o título no Open da Austrália, impôs o seu ténis possante, terminado com 34 winners, incluindo oito ases, mas também cedeu dois breaks: logo no terceiro jogo do primeiro set e quando serviu para fechar o encontro. Navarro, a estrear-se em meias-finais de majors, ainda deu um último sinal da sua extrema combatividade, mas Sabalenka soube reencontrar o foco para fechar.

“Tive aqui lições muito duras no passado… tive tantas oportunidades aqui, mas não as aproveitei por diferentes razões. Não estava pronta, então fiquei emocionada, não conseguia lidar com o público. Mas gosto muito de estar em Nova Iorque, gosto destes courts, dos adeptos, de jogar neste belo estádio defronte deste público e cada vez que venho aqui, tenho este pensamento positivo: ‘vamos, talvez seja desta’. Ainda espero segurar aquele belo troféu”, frisou Sabalenka, que repete a presença na final do US Open, depois de ter sido derrotada há um ano, pela americana Coco Gauff.

A noite de sexta-feira estava reservada às meias-finais masculinas: Jannik Sinner (1.º)-Jack Draper (25.º) e Taylor Fritz (12.º)-Frances Tiafoe (20.º).

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