Seis jovens vão representar Portugal em concurso de ciência na Polónia

No concurso, que decorre de 9 a 13 de Setembro na cidade polaca de Katowice, participam 94 projectos e mais de 150 jovens cientistas de 40 países, com idades entre os 14 e os 20 anos.

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Seis jovens cientistas vão representar Portugal no "maior concurso de ciência da Europa" Miguel Manso
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Uma solução para tratar feridas na pele e uma alternativa para detectar a glicemia são os dois projectos de seis jovens cientistas que vão representar Portugal no "maior concurso de ciência da Europa", revelou esta quinta-feira a Fundação da Juventude.

Em comunicado, a Fundação da Juventude esclarece que os dois projectos, vencedores do Concurso Nacional de Jovens Cientistas e da Mostra Nacional de Ciência, vão representar Portugal na 35.ª edição do EUCYS - EU Contest for Young Scientists.

No concurso, que decorre de 9 a 13 de Setembro na cidade polaca de Katowice, participam 94 projectos e mais de 150 jovens cientistas de 40 países, com idades entre os 14 e os 20 anos.

Na Polónia, Ana Francisca Martins, Beatriz Costa Garcia e Inês Fonseca Braz, do Colégio Valsassina, em Lisboa, vão apresentar uma solução para o tratamento de infecções bacterianas localizadas, "particularmente relevante no contexto das bactérias resistentes a antibióticos".

A solução desenvolvida, intitulada "Skinphage", usa um vírus capaz de infectar bactérias (bacteriófago) numa solução a utilizar em pensos e gazes.

Sob a coordenação do professor João Gomes, as três estudantes aplicaram a solução para eliminar focos de infecção pela bactéria E.Coli, presente no trato intestinal e fezes de seres humanos e de animais.

A par do "Skinphage", na Polónia vai ser também apresentado o projecto "Power-2-Sense Glucose", das estudantes Mafalda Pinto, Matilde Pinto e Simone Pinto, do Colégio Luso-Francês, no Porto.

Coordenadas pela professora Rita Rocha, as três estudantes desenvolveram uma alternativa "mais sustentável e mais barata do que os actuais métodos de detecção e medição da glicemia".

A solução é composta por um biossensor de papel, que incorpora uma biocélula de combustível, capaz de produzir energia na gama dos submicrowatts e num valor directamente proporcional à glicemia.

Os resultados da 35.ª edição do EUCYS são conhecidos na sexta-feira na cerimónia oficial de encerramento da competição.

No ano passado, a delegação portuguesa venceu o primeiro prémio com o projecto Spider-Bach2, dos estudantes Afonso Nunes, Inês Cerqueira e Mário Onofre.