Sinner e Medvedev vão decidir quem é o maior candidato ao título

Beatriz Haddad Maia é a primeira brasileira a chegar aos quartos-de-final no US Open desde 1968.

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Jannik Sinner afastou Tommy Paul em três sets Andrew Kelly / REUTERS
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Ao entrarem na segunda semana de um torneio do Grand Slam, todos os jogadores encaram cada ronda como uma final. E essa abordagem será ainda mais real quando os dois únicos campeões de majors ainda em prova, Jannik Sinner e Daniil Medvedev, se defrontarem nos quartos-de-final do US Open. Medvedev já sabe o que é ganhar em Nova Iorque, mas o tenista italiano ocupa o primeiro lugar do ranking mundial com todo o mérito e justificação: é o oitavo tenista neste século a chegar aos “quartos” dos quatro majors no mesmo ano.

Sinner, que iniciou a época com a conquista do primeiro major, na Austrália, tem elevado o nível a cada ronda que passa no US Open. Nesta terça-feira, derrotou um dos melhores jogadores dos EUA, Tommy Paul (14.º), em três sets: 7-6 (7/3), 7-6 (7/5) e 6-1.

A esperança de um desfecho diferente avolumou-se quando Paul liderou por 4-1, mas o italiano somou quatro jogos consecutivos e, no tie-break, ganhou quatro pontos de seguida para se colocar em vantagem. Paul continuou a jogar a bom nível, empurrado pelos 25 mil adeptos que encheram o Arthur Ashe Stadium, mas nunca mais logrou quebrar o serviço de Sinner.

Dois anos depois do épico duelo com Carlos Alcaraz, que terminou às 2h50 da manhã, Sinner volta a ter a oportunidade de chegar às meias-finais do US Open. “Espero estar fisicamente preparado. Vai ser um jogo físico, mas também mental. Eu ganhei na Austrália, ele ganhou em Wimbledon, ambos em cinco sets, por isso, espero que seja um bom encontro”, adiantou o número um mundial.

Quase tão boa como a de Sinner tem sido a época de Alex de Minaur, que se juntou a Patrick Rafter e Lleyton Hewitt na restrita lista de australianos a atingirem por mais do que uma vez os quartos-de-final do US Open nos últimos 50 anos. No confronto entre dois nativos de Sydney, o número dez do ranking ultrapassou o amigo Jordan Thompson, por 6-0, 3-6, 6-3 e 7-5, para repetir a presença entre os últimos oito candidatos ao título, alcançada em 2020.

De Minaur terá agora como próximo adversário o estreante Jack Draper (25.º). O britânico de 22 anos tem progredido no quadro fora dos radares e, dois anos depois de ter atingido os “oitavos” nos EUA, aproveitou o facto de não ter de defrontar qualquer cabeça de série e ultrapassou quatro rondas sem perder um set.

No torneio feminino, o destaque vai para Beatriz Haddad Maia (21.ª), que se tornou na primeira tenista brasileira a chegar tão longe no US Open desde Maria Bueno, em 1968, e também na segunda sul-americana a vencer duas campeãs de majors no US Open, imitando a argentina Gabriela Sabatini. Bia, como é conhecida, bateu a vencedora do Open da Austrália de 2018, Caroline Wozniacki (71.ª), por 6-2, 3-6 e 6-3.

Haddad Maia é, a par de Maria Bueno e Gustavo Kuerten, a única brasileira a disputar um quarto-de-final no US Open na Era Open e terá como próxima oponente a talentosa Karolina Muchova (52.ª), que eliminou Jasmine Paolini (5.ª), com um duplo 6-3.

Antes, Iga Swiatek (1.ª) somou a 12.ª vitória consecutiva em majors sobre adversárias do top 20, ao bater Liudmila Samsonova (16.ª), por 6-4, 6-1. A campeã de 2020 defronta agora Jessica Pegula (6.ª) que também não cedeu qualquer set na prova.

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