Público Brasil Histórias e notícias para a comunidade brasileira que vive ou quer viver em Portugal.
Gigante brasileiro de um metro e meio faz história nos Jogos Paralímpicos de Paris
O mineiro Gabriel Araújo encantou os torcedores ao vencer, com grande vantagem, a prova dos 200 metros livres na piscina nos Jogos Paralímpicos. Foi a terceira medalha de ouro dele na competição.
Os artigos da equipa do PÚBLICO Brasil são escritos na variante da língua portuguesa usada no Brasil.
Acesso gratuito: descarregue a aplicação PÚBLICO Brasil em Android ou iOS.
Um gigante brasileiro de pouco mais de um metro e meio de altura deixou os europeus de queixo caído nesta segunda-feira (02/09) nos Jogos Paralímpicos de Paris. Com impressionante um minuto e 53 segundos, o nadador Gabriel Araújo, ou simplesmente Gabrielzinho, como é conhecido, conquistou sua terceira medalha na competição ao vencer os 200 metros livres, categoria S2, destinada a atletas com deficiência física severa.
Muita gente parou para assistir a disputa pela televisão e se encantou diante da velocidade demonstrada pelo atleta brasileiro. Ele já havia vencido nos 50m costas e nos 100m costas. Após colocar a mão na terceira medalha, ele disparou: "Essa, dos 200 metros livres, é a minha preferida".
Gabrielzinho venceu a prova com 15 segundos de diferença para o segundo colocado, o russo Vladimir Danilenko (que nadou com bandeira neutra). A terceira colocação ficou com o chileno Alberto Abarza.
No total, o mineiro de 22 anos soma seis medalhas em Jogos Paralímpicos, sendo cinco de ouro e uma de prata. Ele nasceu com focomelia, doença congênita que dificulta a formação normal de braços e pernas.
Logo após o resultado dos 200 metros, ele abraçou os demais competidores e, fora da piscina, agitou os torcedores com sua alegria. A vitória foi comemorada em diversos pontos de Minas Gerais: Santa Luzia, cidade em que o jovem nasceu; Corinto, onde foi criado; e Juiz de Fora, em que realizou a rotina de treinos. Gabriel iniciou no esporte a convite de um professor de educação física, em 2015.
O gigante brasileiro não teve problemas durante toda a disputa na piscina. Tanto que, já nos primeiros 50 metros, estava bem à frente dos competidores. Ele ainda tem mais uma prova nos jogos, nos 50 metros livres, na categoria S3, classe de atletas com menor grau de comprometimento.