Na Arábia Saudita

Riade e Jeddah “foram uma bela surpresa, que se recomenda”, escreve o leitor Pedro Mota Curto.

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Pedro Mota Curto
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O Reino da Arábia Saudita ainda não é o destino mais provável nem usual para turistas ou viajantes. No entanto, começa a ter todas as condições para uma viagem inesquecível.

Voando a partir do Porto, via Frankfurt, com uma escala, a viagem dura cerca de dez horas. Visto e seguro de saúde são obrigatórios. O aeroporto de Riade é moderno e confortável.

Riade é uma grande e moderna cidade, situada no interior e sensivelmente no centro do país, mais perto do golfo Pérsico do que do mar Vermelho, com quase oito milhões de habitantes, construída no deserto, e que está em grande desenvolvimento, com vastas obras por todo o lado.

Prédios enormes, muito espelhados, arquitecturas arrojadas, avenidas enormes, com múltiplas faixas de rodagem, trânsito intenso, urbanismo pujante.

Centros comerciais luxuosos, onde surgem inúmeras lojas das principais marcas internacionalmente conhecidas. Bons restaurantes e cafés, salas de cinema com alguns dos filmes recentemente estreados na Europa.

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Destaque para o Kingdom Centre, um arranha-céus, com 41 andares e 300 metros de altura, inaugurado em 2002, situado no centro de Riade, com possibilidades de irmos ao topo, a fim de desfrutar de uma vista panorâmica sobre a cidade.

Os transportes públicos ainda estão em fase de remodelação. Brevemente, autocarros e linhas de metro irão facilitar as deslocações nesta enorme cidade. De momento, o recurso às plataformas digitais de transporte é essencial, preferível aos táxis, que circulam por todo o lado, em quantidade e a qualquer hora.

Riade aparenta ser uma cidade absolutamente segura e os sauditas são simpáticos e muito afáveis. Na Arábia Saudita haverá cerca de 35 milhões de habitantes.

A capital apresenta diversos pontos de interesse, a começar pelo Museu Nacional, onde se passam bem umas três horas, para conhecer a história do país, desde a pré-história até aos dias de hoje, com algum destaque para a história do Islão, profundamente ligada à Arábia Saudita, basta recordar que as cidades de Meca e de Medina se situam neste país. A fortaleza Al Masmak é igualmente de visita obrigatória. Os denominados Boulevards, City e Word, são a não perder, sobretudo ao final da tarde e durante a noite, com lojas, restaurantes, cafés, atracções, locais de lazer e de passeio, espectáculos.

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Diriyah é outro local a visitar, e se possível jantar num dos seus inúmeros e belíssimos restaurantes. Trata-se da recuperação das ruínas da antiga capital do reino.

Realizámos ainda uma viagem turística, a partir de Riade, em veículo todo o terreno, para visitar o deserto, sobretudo uma atracção geológica denominada Edge of the World. Muito bom.

A menos de duas horas de voo, na costa do mar Vermelho, a 70 Km de Meca, situa-se a segunda cidade da Arábia Saudita, Jeddah. Deslumbrante e muito acolhedora. Bons hotéis e restaurantes, uma marginal junto às águas quentes e transparentes do mar Vermelho e uma zona histórica de visita obrigatória, Al Balad, pelo seu exotismo e ambiência oriental.

Famílias por todo o lado, a passear e a merendar. Raras vezes se encontram turistas ocidentais, quer em Riade quer em Jeddah, mas o ambiente é sempre tranquilo e seguro.

Estas duas grandes e modernas cidades da Arábia Saudita foram uma bela surpresa, que se recomenda, mas preferencialmente entre Novembro e Abril, porque nos outros meses as temperaturas são demasiado elevadas.

Pedro Mota Curto

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