Lufthansa interessada em adquirir 19,9% da TAP

Presidente executivo da transportadora terá pedido reuniões com o Ministério das Finanças e o das Infra-estruturas.

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Algumas companhias europeias têm manifestado interesse na privatização da TAP Miguel Manso
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A Lufthansa estará interessada em adquirir uma participação de 19,9% na TAP e terá pedido reuniões com o Governo português, que deverão ter ocorrido durante a manhã desta segunda-feira.

A notícia sobre o interesse da companhia de aviação alemã na TAP foi avançada este domingo pelo jornal italiano Corriere della Sera, informação que, até ao momento, não foi desmentida.

O mesmo jornal dava conta de que o presidente executivo (CEO) da Lufthansa, Carsten Spohr, se reuniria com o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e com o ministro das Infra-Estruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, esta segunda-feira. Contactados pelo PÚBLICO, os dois ministérios remeteram-se ao silêncio, não confirmando nem desmentido o encontro.

O interesse na aquisição de participação de 19,9% do capital social da na TAP poderá ser explicado pelo facto de uma aquisição superior a 20% exigir uma aprovação de Comissão Europeia.

O Governo já manifestou interesse em avançar com a privatização da Transportadora Aérea Portuguesa, actualmente controlada exclusivamente pelo Estado.

Entretanto, outras companhias europeias têm manifestado interesse em "olhar" para a privatização, como é o caso dos donos da British Airways.

Em recente entrevista ao PÚBLICO e Rádio Renascença, Miranda Sarmento disse que o Governo tem dois objectivos para a venda da TAP: "A manutenção do hub e o encaixe financeiro", escusando-se a dar mais informações, alegando que tudo o que possa "revelar publicamente sobre o que está ou não está a acontecer diminui a capacidade negocial do Estado português".

A melhoria dos resultados da TAP pode ajudar à privatização da companhia. No segundo trimestre do corrente ano, a empresa alcançou lucros superiores a 72 milhões de euros, o que anulou os prejuízos registados nos primeiros três meses, permitindo-lhe terminar o semestre com lucros de 400 mil euros.

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