JSD quer alargar bolsas para ensino superior e anuncia medidas para coesão territorial

O líder da JSD, João Pedro Louro, desafiou ainda o PS a apoiar a proposta do Governo para o IRS Jovem.

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O presidente da JSD, João Pedro Louro, tomou posse em Junho FILIPE AMORIM / LUSA
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A JSD quer rever o regulamento de bolsas no ensino superior e alargar o universo de estudantes abrangidos. A proposta foi anunciada este domingo, 1 de Setembro, pelo presidente da Juventude Social-Democrata (JSD), João Pedro Louro, no encerramento da Universidade de Verão, em Castelo de Vide. A proposta, adiantou o jovem social-democrata, será apresentada no Orçamento do Estado para 2025. No seu discurso, o líder da JSD desafiou o PS a aprovar esta e outras propostas apresentadas pela bancada do PSD, como o IRS Jovem.

Além do investimento no ensino superior, a JSD escolheu como bandeira o investimento na coesão territorial, através da abertura de uma delegação da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) no interior do país. Quer ainda alocar uma equipa especializada na atracção de fundos e investimento para territórios de baixa densidade populacional. Para o presidente dos jovens sociais-democratas, a delegação "é um passo crucial para combater o despovoamento e criar novas oportunidades económicas no interior do país".

A falar a partir de Castelo de Vide, o líder da JSD pediu que se olhe para o interior e se dê oportunidade aos jovens para "ficarem na terra que os viu nascer". "Não podemos aceitar que existam portugueses de primeira e de segunda porque vivem em diferentes regiões do país. Ao levarmos a AICEP para o interior estamos a dizer que todo o território é importante", afirmou.

Quanto ao alargamento das bolsas de estudo do ensino superior, a JSD espera aumentar o limiar de elegibilidade dos estudantes para 25 vezes o valor do Indexante de Apoios Sociais (IAS). “Queremos garantir que mais estudantes possam aceder ao ensino superior, independentemente da sua situação socioeconómica, promovendo uma educação mais justa e acessível para todos”, afirma o líder da JSD, eleito em Junho. "É um valor que achamos justo e viável", declarou no seu discurso.

Actualmente, para ter direito à bolsa, o rendimento per capita do agregado em que o estudante está integrado não pode ser superior a 23 vezes o indexante dos apoios sociais em vigor no início do ano lectivo. Ou seja, em 2024/2025 terá de ser igual ou inferior a 11.712,98 euros/ano. O valor da bolsa mínima corresponde a 125% do valor da propina máxima paga pelo estudante de licenciatura (871 euros). Este montante vai aumentando em função do rendimento per capita do agregado familiar.

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