Não há “mudança real de mentalidades”: representatividade na AR está a descer
O Parlamento continua a ter poucas mulheres e ainda menos deputados não-brancos, uma realidade que deixa marca nas políticas públicas, nomeadamente, na legislação contra a discriminação racial.
A representatividade das mulheres e, sobretudo, das pessoas racializadas no Parlamento continua a ser reduzida e baixou ligeiramente face a 2019. Depois de, há cinco anos, terem sido eleitas três mulheres negras e 89 deputadas, nesta legislatura — já com a composição estabilizada —, existem apenas dois deputados racializados e 80 mulheres. E há minorias étnicas, como a comunidade cigana, que continuam a não estar representadas. Académicos, ex-deputados e activistas ouvidos pelo PÚBLICO atribuem esta realidade ao "racismo estrutural" em Portugal ou à falta de "uma mudança real de mentalidades" e avisam que tem consequências nas políticas públicas.
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