Pedro Nuno e Montenegro têm trocado cartas sobre OE2025, mas sem avanços

Sem dados sobre a receita prevista pelo Governo para a proposta orçamental que irá apresentar, o secretário-geral do PS deverá manter que não existem ainda condições para negociar o OE2025.

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O líder do PS e o primeiro-ministro estão em contacto sobre o OE, mas para o socialista ainda não estão reunidas condições para a negociação Daniel Rocha
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Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro estão desde Julho a trocar cartas sobre o Orçamento do Estado para 2025, mas o secretário-geral do PS continua insatisfeito com as respostas que o primeiro-ministro tem dado aos socialistas em troca da viabilização da proposta orçamental. Segundo o jornal Expresso, o líder do PS irá aproveitar o encerramento da Academia Socialista, no domingo, para insistir que ainda não estão reunidas condições para arrancar com as negociações do OE.

Escreve o Expresso que Pedro Nuno Santos enviou a primeira carta ao primeiro-ministro a 29 de Julho, pedindo-lhe informação sobre as contas públicas do próximo ano. Na missiva, o líder da oposição pedia esclarecimentos sobre o saldo orçamental previsto pelo Governo: os socialistas consideram esta é a margem para apresentarem as suas propostas, de forma a manter as "contas certas" e evitar derrapagens no défice. O semanário acrescenta que Luís Montenegro respondeu à carta, mas apenas com dados sobre a despesa e nada sobre receitas, o que não permite apurar o saldo orçamental.

É expectável que o tema do OE continue a marcar a rentrée do PS, que terminará este fim-de-semana em Tomar, com Pedro Nuno Santos a discursar pelas 16h de domingo.

Horas antes de Pedro Nuno Santos subir ao palco para se dirigir aos socialistas, Luís Montenegro encerrará a Universidade de Verão do PSD, que decorre também este fim-de-semana, em Castelo de Vide.

Esta quinta-feira, o primeiro-ministro declarou-se "admirado de ver tanta agitação" em torno da discussão do orçamento. "É preciso ter calma e cumprir o que está combinado", afirmou o chefe do Governo, em declarações aos jornalistas. "Aquilo que ficou combinado é desenvolvermos esse trabalho em Setembro, para podermos ir mais longe no diálogo político", argumentou.

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