No Alentejo profundo, o Zé Maria a todos estende a mão

Apesar dos seus 78 anos, Zé Maria, figura peculiar de Serpa, faz da entreajuda aos outros o seu modo de vida, a que junta a dedicação aos animais e ainda lhe resta tempo para lutar contra os outdoors.

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José Maria, em Vales Mortos, Serpa Rui Gaudêncio
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Zé Maria, natural de Serpa, andarilho, foi boémio, percorreu o mundo, conheceu outras gentes e outras culturas, até que se moldou, ao fim dos 78 anos que constam no seu cartão de cidadão, à condição de eremita. Perdido na agressiva desolação de uma terra que já foi de pastores, que dá pelo nome de Vales Mortos, a uma dezena de quilómetros da fronteira com Espanha, e a cerca de 15 quilómetros do local em que o Pulo do Lobo aperta o Guadiana, é onde se resguarda do calor intenso deste Agosto e congemina os gestos solidários que lhe granjeiam o respeito e a admiração dos seus conterrâneos.

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