Um violento despertar com Massive Attack e Ana Lua Caiano a encher sozinha o palco
No primeiro dia do Meo Kalorama, em Lisboa, os Massive Attack levaram a sua música ao coração do presente, Palestina no horizonte. Sam Smith fez a festa da liberdade. Ana Lua Caiano foi preciosa.
Não foi música criada para estes tempos, mas não é por isso que a sentimos, ouvida desde o palco no Parque da Bela Vista, como datada ou anacrónica. Porque o som, aquele som que definiram nos anos 1990 em Bristol, orgânico e electrónico, máquina a bombear sangue, ecoa na perfeição nesta actualidade musical de fronteiras estéticas derrubadas. Ecoa de forma particularmente pungente, na sua intensidade e urgência, no seu desespero neurótico, abandono narcótico e grito libertador, neste presente que atravessamos. Os Massive Attack, então.
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