Cria de cachalote com 3,5 metros deu à costa na ilha Terceira e já foi retirada

O animal foi avistado na terça-feira, mas as autoridades tiveram de fazer uma análise para “perceber a melhor forma de o tirar do local”.

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Praia da Vitória, Terceira, Açores Nuno Ferreira Santos/ARQUIVO
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Uma cria de cachalote deu à costa na ilha Terceira, nos Açores, numa zona de difícil acesso, o que levou ao encerramento temporário de uma zona balnear para a remoção do cadáver, revelaram as autoridades na quinta-feira. Nas redes sociais, a autarquia anunciou que, devido ao arrojamento de um cetáceo junto à zona balnear das Quatro Ribeiras, o acesso ao local estaria "temporariamente encerrado", "considerando os trabalhos de remoção". Mas os trabalhos foram concluídos durante a manhã desta sexta-feira.

Nas redes sociais da Câmara Municipal da Praia da Vitória é dito numa publicação de sexta-feira que "os trabalhos de remoção do cetáceo que deu à costa junto à Zona Balnear das Quatro Ribeiras estão concluídos, pelo que estão normalizadas as condições de acesso a este local."

Segundo Marco Aurélio Meneses, ouvido na quinta-feira, foram ponderadas várias soluções para retirar o animal, que tem 3,5 metros de comprimento, devido ao difícil acesso ao local. "Houve várias hipóteses: retirar por terra, retirar por mar, deixar em decomposição ou queimar no local, mas foi decidido desmanchar o animal", adiantou.

O vereador explicou que o cachalote arrojou numa "zona de calhau mais profunda", que não permitia a remoção com uma embarcação, mas onde existe, por outro lado, "uma arriba enorme", que não permitia retirá-lo com uma grua.

A opção de deixá-lo em decomposição também não era viável, porque o animal se encontrava "próximo da zona balnear".

Os trabalhos de remoção envolveram a autarquia, a Polícia Marítima, a Rede de Arrojamentos de Cetáceos dos Açores (RACA) e a Universidade dos Açores.

Segundo o capitão do Porto da Praia da Vitória, António Almeida Marques, o animal foi avistado na terça-feira, mas as várias entidades tiveram de fazer uma análise para "perceber a melhor forma de o tirar do local".

O director regional das Políticas Marítimas, Rui Martins, disse que nestes casos habitualmente o animal é removido para aterro, mas "pode ser exumado quando há alguma intenção de recuperar as ossadas".

A direcção regional, que gere a Rede de Arrojamento de Cetáceos dos Açores, faz um registo destes casos, para perceber "que espécies arrojam e onde", e solicita, quando possível, necropsias e recolha de amostras para análise.

Segundo Rui Martins, este ano já deram à costa nos Açores alguns golfinhos e uma tartaruga, bem como algumas massas não identificadas em estado avançado de decomposição.

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