Montenegro sobre a falta de professores: “Não vendo ilusões. Não é possível resolver problema de um dia para o outro”

Para o chefe do Governo, “é possível tomar medidas para tentar, ainda a tempo, corrigir o máximo de situações que for possível”.

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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, promete diminuir o impacto da falta de professores ESTELA SILVA / LUSA
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O primeiro-ministro disse hoje não "vender ilusões" quando admitia não ser possível, de um dia para o outro, resolver o problema da falta de professores que o Governo está a tentar corrigir.

"Eu não vendo ilusões. Não é possível resolver esse problema de um dia para o outro. É possível diminuir o seu impacto. É isso que estamos a fazer", referiu Luís Montenegro em declarações aos jornalistas.

Para o chefe do Governo, "é possível tomar medidas para tentar, ainda a tempo, corrigir o máximo de situações que for possível".

Por o executivo ter entrado em funções em Abril, Montenegro recordou que o seu Governo não teve oportunidade de intervir no sistema de colocação dos docentes e que está consciente do problema de haver várias pontas do território que "ficam sem a cobertura de docentes que é necessária".

Por isso, frisou, o Governo está a valorizar a carreira docente para que haja mais pessoas com vontade de serem professores e que muitos não abandonem a docência para outras actividades.

"Estamos a intervir para tentar suprir as consequências do processo que vinha anteriormente", referiu, recordando ter já sido tomada uma medida para reforçar o subsídio dos professores deslocados, nomeadamente no acesso à habitação.

Falou, ainda, de outro incentivo, nomeadamente o de permitir que os professores que possam agora candidatar-se a dar aulas onde as colocações não foram preenchidas poderem efectivar nessas escolas e "terem um incentivo de vínculo que possa ser mais atractivo".