Ataque terrorista nos concertos de Taylor Swift visava “dezenas de milhares” de fãs, diz CIA
Foi a agência norte-americana a dar o alerta às autoridades austríacas sobre os suspeitos que organizavam o ataque nos concertos de Viena no início deste mês.
“Dezenas de milhares” de fãs de Taylor Swift eram o alvo do ataque terrorista impedido em Viena, anunciou a CIA nesta quarta-feira. Terá sido a Agência Central de Inteligência norte-americana a auxiliar as autoridades austríacas a impedir a catástrofe no início deste mês. “Estavam a planear matar um grande número de pessoas, dezenas de milhares de pessoas neste concerto, tenho a certeza de que muitos americanos”, frisou o director-adjunto da agência, David S. Cohen, cita o The New York Times.
A descoberta de que estaria planeado um atentado terrorista levou ao cancelamento dos três concertos de Taylor Swift em Viena, no início deste mês. “Os austríacos conseguiram efectuar essas detenções porque a agência e os nossos parceiros lhes forneceram informações sobre o que este grupo ligado ao ISIS estava a planear fazer”, sublinhou o responsável que falava no encontro anual da Intelligence Summit, em Washington, D.C..
Cohen não detalhou como é que a CIA descobriu os planos do atentado, mas garantiu que não é a primeira vez que avisaram outros países sobre atentados terroristas por parte do Estado Islâmico.
Neste caso, foram detidos três suspeitos: dois austríacos, um de 19 anos, que é considerado o principal orquestrador do atentado; e outro de 17 anos; e um iraquiano de 18 anos. O objectivo, detalhou Omar Haijawi-Pirchner, responsável pela Direcção de Segurança e Informações do Estado, o equivalente à CIA na Áustria, era “conduzir um ataque” com recursos a “explosivos e facas”. E declarou a 8 de Agosto, no dia que deveria ter acontecido o primeiro concerto: “O seu objectivo era matar-se a si próprio e a um grande número de pessoas durante o concerto, hoje ou amanhã.”
Eram esperadas mais de 200 mil pessoas nos três concertos da The Eras Tour em Viena a 8, 9 e 10 de Agosto. “O motivo dos cancelamentos encheu-me de um sentimento de medo e de uma enorme culpa, porque muitas pessoas tinham planeado ir a esses espectáculos”, lamentou Taylor Swift num comunicado divulgado no Instagram, onde agradecia às autoridades. “Graças a elas, estávamos a chorar por concertos e não por vidas.”
Swift só reagiu ao cancelamento do concerto duas semanas depois, quando terminou a digressão europeia, justificando que toda a sua “energia tinha de ser canalizada para ajudar a proteger o quase meio milhão de pessoas que tinha programado ver os espectáculos em Londres”.
A The Eras Tour está agora em pausa até ao final de Outubro quando retomara para mais dois meses de concertos nos Estados Unidos e Canadá. A digressão com maior lucro da história passou pelo Estádio da Luz, em Lisboa, a 24 e 25 de Maio.