Taxa de desemprego recua para 6,2% em Julho e emprego abranda

População desempregada diminuiu para 331,8 mil pessoas. Já a população com emprego recuou pelo segundo mês consecutivo, embora se mantenha acima dos cinco milhões.

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Desemprego estabilizou-se em 6,2% Rui Gaudêncio
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Depois de se ter mantido nos 6,4% ao longo dos meses de Abril, Maio e Junho, a taxa de desemprego recuou para 6,2% em Junho. Os dados provisórios divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) dão conta de uma diminuição de 0,2 pontos percentuais face a Junho e de uma estabilização do desemprego face a 2023. Já o emprego está a dar sinais de algum abrandamento, com um novo recuo em cadeia.

O INE aponta para a existência de 331,8 mil pessoas desempregadas, o que representa um recuo de 3,7% face a Junho (cujos dados foram revistos e são agora definitivos) e de 0,6% em comparação com Julho de 2023, com a redução a ser mais expressiva nos jovens e nas mulheres.

Já a taxa de subutilização do trabalho (um indicador que contabiliza o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inactivos à procura de emprego, mas não disponíveis, e os inactivos disponíveis, mas que não procuram emprego) situou-se em 10,9%, valor inferior ao de Junho (-0,1 pontos percentuais) e ao de 2023 (-0,6 pontos percentuais).

A população empregada — que já tinha recuado em Junho — voltou a registar um ligeiro decréscimo mensal (-0,1%). Mas na comparação com 2023, assistiu-se a um aumento de 0,5%, o que se traduziu em mais 27 mil pessoas empregadas do que no ano anterior, destacando-se o acréscimo do emprego nas mulheres e adultos.

Em termos globais, a população empregada continua acima dos cinco milhões de pessoas (5,04 milhões).

Já a população activa totalizou 5,37 milhões, tendo diminuído 0,4% relativamente a Junho (0,4%) e aumentado 0,5% em relação a Julho de 2023.

Estes dados são provisórios e ajustados aos efeitos sazonais do mercado de trabalho. Ao contrário do que acontece com as estatísticas do emprego trimestrais, que não têm em conta a sazonalidade.

No segundo trimestre do ano, a taxa de desemprego recuou para 6,1%, ficando abaixo dos 6,8% registados no trimestre anterior e mantendo a proporção do período homólogo. Já a população empregada atingiu um novo máximo histórico, aproximando-se de 5,1 milhões de pessoas.

À semelhança do que aconteceu no segundo trimestre, os dados mensais foram calibrados com as estimativas da população residente calculadas nos Censos 2021.

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