Sp. Braga vira do avesso a segunda “final” de Viena

A perder por 2-0 e com a Liga Europa a fugir-lhe por entre os dedos, a equipa portuguesa aniquilou o Rapid com dois golos em dois minutos, evitando a despromoção à Liga Conferência.

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Zalazar desafiou o jogo aéreo do Rapid HUGO DELGADO / LUSA
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O Sp. Braga escapou ao drama da queda para o terceiro degrau das provas europeias com um empate (2-2) que lhe garantiu o triunfo no play-off da Liga Europa na segunda final portuguesa de Viena. El Ouazzani (68'), de penálti, e Ricardo Horta destruíram o sonho do Rapid em apenas dois minutos, evitando um pesadelo que chegou a parecer bem real, compensando os pecados de Arrey-Mbi.

Começou mal o Sp. Braga, muito pressionado pelo jogo vertiginoso e musculado dos austríacos, a provocarem um par de livres e um pontapé de canto que se revelou fatal para a defesa minhota: Arrey-Mbi desviou a bola de calcanhar, introduzindo-a na própria baliza.

Aos 7 minutos, a eliminatória estava empatada (2-2) e o Sp. Braga debatia-se com um opositor duro e um critério largo do árbitro inglês, a permitir entradas intimidantes e, com isso, a cercear a organização de jogo da equipa de Carvalhal.

Tanto que só aos 23 minutos se viu o primeiro momento ameaçador na área do Rapid, com Zalazar a procurar desafiar a hegemonia dos austríacos no jogo aéreo.

Porém, até ao intervalo, com uma posse de bola de 60 por cento e com oito remates contra dois do Rapid - e oito cantos contra três -, o Sp. Braga justificava um resultado diferente.

A lesão de Robson Bambu não afectou a dinâmica e o Sp. Braga até ficou muito perto de igualar num disparo de Zalazar que Roberto Fernández desviou para o poste. Instantes antes, o Sp. Braga viu ser-lhe negado um penálti por mão do lateral Bolla na área do Rapid.

Tendência revertida pelos austríacos no primeiro ataque da segunda parte. Mais uma vez, Arrey-Mbi a comprometer, numa abordagem negligente a dar passagem ao pequeno sueco Jansson, que bateu Matheus e deu a volta à eliminatória.

O Sp. Braga tinha uma resposta a dar com máxima urgência e Carvalhal lançou El Ouazzani e Roger segundos depois de Gabri ter tirado as medidas à baliza e falhado por centímetros o golo.

A equipa portuguesa forçou, mas faltava critério para desequilibrar o Rapid, que até poderia ter resolvido o play-off se tivesse aproveitado um par de erros dos bracarenses. Um pecado fatal para os austríacos, que em dois minutos caíram para a Liga Conferência.

Primeiro num penálti de Jansson (68’) sobre Gabri, que El Ouazzani não falhou; depois num ressalto que Gabri ganhou para oferecer o empate a Ricardo Horta (70’).

Subitamente, a fase de liga da Liga Europa estava no bolso dos minhotos, que só precisavam saber controlar um opositor em choque, sem soluções eficazes para recuperar as rédeas do encontro e salvar a noite de Viena, apesar da pressão exercida até ao apito final.

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