The Cure lançam duas novas canções em eco-vinil

O lançamento será a 1 de Outubro, mas as pré-encomendas podem ser feitas a partir desta sexta-feira. As primeiras cem das cinco mil cópias disponíveis são assinadas por Robert Smith.

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The Cure no festival Nos Alive de 2019 Andreia Gomes Carvalho
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Novembre: Live in France 2022 é o título do eco-vinil que os The Cure vão lançar a 1 de Outubro com as gravações ao vivo de duas novas canções: And nothing is forever, gravada em Montpellier, e I can never say goodbye, gravada em Toulouse, avançou esta quinta-feira o jornal inglês The Guardian.

O lançamento ficará a cargo do Naked Record Club, um projecto de edições limitadas de discos feitos de vinil sustentável. Segundo a organização, este processo consome menos 80 a 90% de electricidade do que as tradicionais máquinas de prensagem de vinil a vapor.

Está prevista a edição de cinco mil cópias do disco em 12 polegadas, sendo as primeiras cem assinadas pelo vocalista e líder dos The Cure, Robert Smith. As pré-encomendas podem ser feitas a partir desta sexta-feira e só é possível comprar um vinil por pessoa. Todos os lucros vão reverter a favor da EarthPercent, instituição fundada pelo músico Brian Eno para angariar fundos junto da indústria musical em prol do combate às alterações climáticas.

“Gostaria de agradecer aos The Cure e ao Naked Record Club, ambos verdadeiros inovadores, pelo seu generoso apoio a projectos climáticos vitais. É um exemplo poderoso de como a comunidade musical pode trabalhar em conjunto para construir um mundo melhor”, disse Brian Eno, citado no comunicado de imprensa.

“Quando comprei The Head on the Door [sexto álbum dos Cure] em 1985, a versão adolescente de mim próprio viu-se confrontada com uma forma diferente de viver a vida. Por isso, quando Robert Smith me disse que queria trabalhar com o Naked Record Club para sensibilizar a indústria musical para as alterações climáticas, fiquei espantado e entusiasmado em igual medida”, disse, por sua vez, Simon Parker, co-fundador do projecto de eco-vinil.

Os discos são compostos por politereftalato de etileno (PET) não tóxico, que o Naked Record Club descreve como “o plástico mais reciclável do mundo” devido à sua utilização em garrafas de água e embalagens. A etiqueta impressa não tem papel e as capas são feitas de papel sustentável certificado, sem qualquer tipo de plástico.

Já o custo de produção é aproximadamente o mesmo que o do vinil tradicional, apontou Simon Parker ao The Guardian. “Em teoria, os custos podem baixar à medida que a capacidade de produção e os volumes aumentam, porque as máquinas de moldagem por injecção consomem menos energia e porque o PET é um produto de baixo custo, uma vez que é o plástico reciclável mais utilizado no mundo.”

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