“As nossas netas não deviam ter de travar as batalhas que as suas avós já venceram”

Na política e na religião, forças conservadoras ameaçam fazer retroceder direitos conquistados na luta pela igualdade de género ou pelo direito ao aborto, alertou socióloga Anália Torres.

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Manifestação, em 2004, pelo direito ao aborto durante o julgamento de três mulheres acusadas de o terem praticado Adriano Miranda (Arquivo)
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Os tempos já não são apenas turbulentos. Tornaram-se perigosos. E, como acontece em tempos perigosos, os direitos conquistados (mas nunca garantidos de forma permanente) ficam ainda mais em risco. É a isto que temos assistido nos últimos anos “depois de décadas de progresso relacionado com a igualdade de género, os direitos das mulheres e LGBQT+”, defende a socióloga Anália Torres, para quem, hoje, “as questões de género estão debaixo de ataque”.

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