Um Kalorama à procura das suas revoluções

O Meo Kalorama recebe cultos da música dançável e do indie rock, Massive Attack, LCD Soundsystem, Gossip e The Kills, mas também o fenómeno afrobeats Burna Boy. É um dos últimos festivais de Verão.

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Nesta terceira edição, o Kalorama decorre em Lisboa e em Madrid em simultâneo. Massive Attack, LCD Soundsystem e Burna Boy estão em destaque no festival no Parque da Bela Vista Tori McGraw

No passado fim-de-semana, os Massive Attack puseram fim a um jejum de cinco anos de concertos na sua terra natal. Bristol é uma charmosa cidade portuária no sudoeste inglês, com uma robusta consciência social e política que há muito se manifesta na sua produção artística – tanto através da sua historiografia hardcore e punk (dos Disorder e dos The Pigs aos Idles) quanto do movimento singular que viu nascer em meados dos anos 90 – e no museu a céu aberto que reúne algumas das obras mais famosas do artista/activista Banksy. Foi ali que Tricky, Portishead e Massive Attack forjaram uma sonoridade narcótica chamada trip-hop, batidas electrónicas em desaceleração, reminiscências enevoadas de jazz e blues, ecos de torch songs perdidas no seu caminho para casa. E foi, portanto, nesse regresso aos palcos lá de casa que 3D (Robert Del Naja, eterno candidato a homem por detrás de Banksy) e Daddy G (Grant Marshall) ensaiaram um concerto que prometia mudar a indústria musical para sempre.

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