Ana Rosa adora contar histórias e tem material que nunca mais acaba. É a própria que nos avisa: “Se lhe contasse as histórias todas que sei...” Nunca mais saíamos da pequena sala da sua casa na Madragoa, onde a ouvimos. As suas pernas já não têm a mesma energia que os seus relatos, e lá decide sentar-se: para nos contar mais histórias. Recosta-se no sofá, olha-nos com os seus olhinhos castanhos, matreiros, e desenrola-se em palavras bem conservadas sobre o passado. De vez em quando lembra-se de um episódio da sua vida e lá vai história: “Ainda lhe vou contar esta.”
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