Dois carros explodem junto a uma sinagoga no Sul de França
Explosão de carros, com botijas de gás no interior, fez um ferido junto a uma sinagoga em França. Governo fala de mão criminosa. Ataque aconteceu pouco antes da chegada dos fiéis ao local.
Dois carros explodiram na manhã deste sábado junto à sinagoga Beth Yaacov, em La Grande-Motte, perto de Montpellier, no Sul de França. Um agente da polícia ficou ferido. No interior dos veículos estaria uma botija de gás, noticiou o Le Monde, citando fontes das forças de segurança francesas. O autarca da cidade, Stéphan Rossignol, já está no local junto dos bombeiros e das autoridades, que estão a investigar o incidente.
O caso está a ser abordado como um ataque premeditado, confirmou o Governo, com o ministro do Interior francês a assumir que a explosão foi "claramente criminosa".
Yonathan Arfi, presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas de França, também considerou que "explodir botijas de gás num carro em frente à sinagoga de La Grande-Motte na hora prevista de chegada dos fiéis não é apenas um ataque a um local de culto": "É uma passagem para o acto de tentar matar judeus", concretizou.
A Câmara Municipal de Hérault, o departamento francês onde fica La Grande-Motte, deixou uma mensagem nas redes sociais a condenar "com a maior firmeza os factos ocorridos esta manhã na sinagoga": "Pedimos à polícia e aos guardas que reforçassem a segurança dos interesses judaicos no departamento", escreveu a autarquia da região, que expressou ainda "todo o apoio" aos "concidadãos judeus e a toda a comunidade".
O Governo já apelou às autoridades locais para que reforcem imediatamente a segurança e mantenham uma "vigilância absoluta" junto a locais de culto judaico em todo o país. O Ministério do Interior pediu às forças de segurança que "forneçam e garantam vigilância constante e sistemática nos momentos de entrada e saída dos fiéis nos locais de culto judaico", disse em comunicado.
Nas redes sociais, Gérald Darmanin, ministro do Interior francês, repetiu o apoio à comunidade judaica e disse que, "a pedido do Presidente da República, Emmanuel Macron, todos os meios estão a ser mobilizados para encontrar o autor" da explosão.