AC Milan de Fonseca confirma arranque desolador em Parma

Rafael Leão fez assistência para o golo do empate, mas o campeão da Série B não perdoou em casa, em ano de regresso à elite.

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Paulo Fonseca criticou falta de agressividade da equipa Daniele Mascolo / REUTERS
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O AC Milan de Paulo Fonseca confirmou, ontem, com uma derrota (2-1) em Parma o arranque desolador na Série A italiana, onde, à segunda jornada, ocupa o 15.º lugar provisório, depois do empate caseiro com o Torino na ronda inaugural.

Após uma pré-temporada promissora, com triunfos sobre Barcelona (nos penáltis), Manchester City e Real Madrid nos jogos particulares da digressão aos Estados Unidos, o vice-campeão italiano enfrenta, subitamente, sinais indisfarçáveis de uma crise a exigir resposta pronta.

O treinador português apresentava-se em Parma pressionado pelo resultado da primeira ronda, tendo mudado cinco jogadores no onze inicial. Mas, um golo madrugador do romeno Dennis Man (2’) acentuou o nervosismo dos milaneses, que só na segunda parte (66’) surpreenderam a formação da Emilia-Romagna.

Rafael Leão, um dos “repetentes” entre os titulares da primeira jornada, fez a assistência para Pulisic, insuficiente para alterar o desfecho. Isto porque, aos 77', Cancellieri repôs o Parma na frente de forma definitiva.

Recorde-se que, há uma semana, no Giuseppe Meazza, o AC Milan esteve a perder por 0-2, evitando o desastre com golos de Morata (89’) e Okafor (90+6’). Caso contrário, o ar tornar-se-ia ainda mais rarefeito em Milão.

Daí a necessidade de uma reacção forte diante do regressado Parma, que assumiu a liderança, à condição, com quatro pontos (acabou superado pelo Inter, por um golo de diferença), depois do empate (1-1) na recepção à Fiorentina.

Parma que tem como melhor registo na Série A o 2.º lugar de 1996/97, a dois pontos da campeã Juventus. Uma campanha conduzida por Carlo Ancelotti, no seu primeiro grande desafio como treinador principal.

Agora, sob o comando do também italiano Fabio Pecchia, antigo adjunto do espanhol Rafa Benítez no Nápoles, Real Madrid e Newcastle, o Parma ainda pode perder posições para Atalanta, Verona e Juventus, mas já garantiu um destaque justificado pelo seu futebol vertical e objectivo, com que o AC Milan não soube lidar.

Paulo Fonseca, no regresso ao calcio, depois da passagem pela AS Roma, tentou dissecar o insucesso, garantindo que “a defender assim, sem agressividade, a chegar tarde aos lances e a perder os duelos, é impossível vencer.

No jogo, a equipa é diferente do que mostra no treino. É difícil de explicar. Cometemos demasiados erros e permitimos que o Parma criasse inúmeras oportunidades”, disse o técnico português, que assumiu total responsabilidade.

Melhor estiveram os técnicos portugueses do Fulham, Marco Silva, e Nottingham Forest, Nuno Espírito Santo, com triunfos sobre Leicester (2-1) e Southampton (0-1), numa Liga inglesa onde o Manchester United caiu (2-1) em Brighton e o tetracampeão City goleou (4-1) o Ipswich, com hat-trick de Haaland.

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