Jovem espanhola de 20 anos morre em derrocada na Madeira

Vítima mortal e dois feridos ligeiros são de nacionalidade espanhola. Incidente ocorreu no momento em que o grupo se preparava para terminar um trilho, ao chegar a uma cascata de água.

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O adjunto do comando dos bombeiros de Santana realçou que aquele caminho é sobretudo “utilizado pelos levadeiros locais” HOMEM DE GOUVEIA / LUSA
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Uma derrocada na levada da Água de Alto, na freguesia do Faial, concelho de Santana, na ilha da Madeira, provocou um morto e dois feridos ligeiros. O PÚBLICO apurou que o acidente envolveu uma família de três elementos (pai, mãe e filha), com o incidente a ocorrer no momento em que o grupo se preparava para terminar um trilho, ao chegar a uma cascata de água.

Em directo para a RTP3, Ricardo Rosa, comandante adjunto dos Bombeiros de Machico, confirmou que a vítima mortal, uma jovem de 20 anos, e os feridos ligeiros são de nacionalidade espanhola. As levadas são canais de água ou caminhos de irrigação habitualmente estreitos e fundos que existem em várias zonas da ilha. O adjunto do comando dos bombeiros de Santana realçou que aquele caminho é sobretudo “utilizado pelos levadeiros locais”, não sendo considerado um “percurso recomendado” para turistas.

"A levada era utilizada pelos habitantes locais, não é considerada um percurso recomendado [para forasteiros], mas, por causa da fama que o local ganhou nas redes sociais, há muitos turistas que a frequentam e, com as publicações que fazem, tornam muito mais apelativo a que as pessoas cá venham", referiu o responsável. Os dois feridos ligeiros foram transportados para o centro de saúde para receberem apoio psicológico.

"Houve um desprendimento de pedras da zona da levada utilizada pelos levadeiros. Verificou-se que se encontravam duas vítimas no patamar da levada, vítimas essas com escoriações ligeiras. Na parte inferior da levada, supõe-se que apanhada por alguma pedra, estava uma terceira vitima [mortal]", disse aos jornalistas Ricardo Rosa.

Antes, o presidente da autarquia, Márcio Dinarte Fernandes, já havia confirmado que a derrocada provocou uma vítima mortal. “É uma levada com algum interesse turístico e acreditamos que a probabilidade de [as vítimas] serem turistas é bastante grande, devido a ser uma levada que é muito percorrida por turistas”, explicou.

O alerta foi dado pelas 13h05 e foram accionados vários meios para o local, incluindo uma equipa de montanha dos Bombeiros Municipais de Machico. Também a Protecção Civil foi mobilizada, com o envio de uma equipa de intervenção para o terreno. No total, estiveram na zona da derrocada sete veículos e 17 operacionais. A derrocada não estará relacionada com os incêndios que têm assolado a ilha.

Em comunicado enviado às redacções, o Serviço Regional de Protecção Civil destaca que o caminho onde aconteceu a derrocada não é um trilho classificado pelo Instituto das Florestas e Conservação da Natureza. Também Dinarte Fernandes afirmou que não é um percurso recomendado, mas regista muita procura por turistas.

“É uma vereda, uma levada, como muitas outras que existem, que não está sinalizada como percurso recomendado, serve essencialmente para transportar água para a agricultura e as limpezas são feitas essencialmente para manter a levada com água a circular”, explicou.

Em declarações à agência Lusa, o autarca esclareceu que a levada serve com água de regadio a freguesia do Faial, uma das seis que compõem o concelho de Santana, no Norte da ilha da Madeira, e é a única naquela localidade. “Há uns anos a esta parte, é uma levada muito utilizada por turistas”, disse, indicando que a sua divulgação ocorre sobretudo nas redes sociais. Dinarte Fernandes sublinhou que “também nos percursos recomendados caem pedras” e lembrou a derrocada ocorrida em Outubro de 2019, na levada do Caldeirão Verde, também no concelho de Santana, que fez 11 feridos, todos turistas, de várias nacionalidades. Com Lusa

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