Bolsas, camas e cheques psicólogo: Governo aprova despesa de 25 milhões para jovens
Bolsas para estudantes que ingressem nos cursos que os habilitam para a docência, distribuição de produtos de higiene menstrual e cheques psicólogo e nutricionista integram pacote de medidas aprovadas
A criação de duas mil bolsas para os estudantes do ensino superior que ingressem em licenciaturas e mestrados em Ciências da Educação foi aprovada na reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira. Trata-se de uma das 15 medidas de emergência, anunciadas em Junho com o objectivo de reter e atrair professores, e que foram agora objecto de “uma aprovação política geral”, como adiantou o ministro da Presidência, Leitão Amaro.
Estas bolsas, que deverão ser atribuídas já a partir do próximo ano lectivo, terão valores equivalentes ao custo das propinas nas instituições públicas, devendo abarcar até dois mil alunos. Mas as medidas visando os jovens, nomeadamente os que frequentam o Ensino Superior, não se ficaram por aqui.
Do pacote de medidas, que acarretam uma despesa de 25,3 milhões de euros, constam ainda a distribuição produtos de higiene menstrual. Este investimento, de 10 milhões de euros entre este ano e o próximo, destina-se a "suportar a distribuição gratuita de produtos de higiene menstrual nas escolas e nos centros de saúde". O ministro defendeu que esta é uma "medida fundamental para combater a pobreza menstrual, a desigualdade de oportunidades que afecta muitos jovens".
Para o alojamento estudantil foram aprovados "cerca de 7,5 milhões de euros entre o ano de 2024 e 2025 para pagar camas protocoladas entre as instituições de ensino superior e entidades e estabelecimentos que disponibilizem camas de vária natureza", indicou também.
O Governo aprovou ainda uma despesa de 7,9 milhões de euros entre este ano e o próximo para o pagamento dos profissionais de saúde, no âmbito da medida "cheque psicólogo e cheque nutricionista", destinados a garantir “a saúde e a saúde mental dos nossos jovens”.