Um Governo viciado em passar cheques

No regresso de férias, o Governo tem de decidir se quer deixar no país uma marca de mudança e progresso ou se vai continuar limitado a passar cheques a tudo o que protesta ou mexe.

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"Quando a esmola é grande, o pobre desconfia”, diz a sabedoria popular. Será demagógico, deselegante até, considerar a enxurrada de dinheiro com que o Governo tem irrigado os problemas, ou as reivindicações, como esmolas. Mas o princípio mantém-se: será que Luís Montenegro e os seus pares acreditam que a estratégia de anunciar um aumento, um complemento ou uma isenção fiscal a cada semana que passa basta para que os portugueses os passem a adorar? Não lhes passa pela cabeça que é legítimo desconfiar de um Governo que, de um mês para o outro, sem que nada de extraordinário tenha acontecido, abandone a prudência do anterior e descubra uma mina de ouro que parece inesgotável?

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