Uma aldeia siciliana, com ciúmes e tudo, para começar o Operafest

Dupla verista Cavalleria Rusticana e Os Palhaços abre o festival que, à quinta edição, se estende a Oeiras, mas terá um Don Giovanni e a habitual rave em Lisboa.

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A soprano e directora artística do Operafest, Catarina Molder, em cena com Os Palhaços nos ensaios no Jardim do Palácio Marquês de Pombal, em Oeiras Catarina Póvoa
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A escolha é apropriada para um festival que ambiciona dessacralizar a ópera e levá-la a mais público do que aquele que cabe no Teatro Nacional São Carlos: a dupla verista Cavalleria Rusticana (1890), ou "Cavalheirismo Rústico", de Pietro Mascagni e Os Palhaços (1892), de Ruggero Leoncavallo. Verista porque integra a corrente artística italiana do realismo, numa aproximação do bel canto ao povo, simplificando o repertório operático. Na noite de terça-feira, as rajadas de vento nos Jardins do Palácio Marquês de Pombal, em Oeiras, não ocultam o notório crescimento do festival Operafest, que ali mesmo arranca esta quinta-feira. Do coro à orquestra, passando pela lotação, este festival de ópera independente chegou, à sua quinta edição, “à nossa Versalhes”, compara a soprano e directora artística Catarina Molder.

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