Centro de atendimento de Sete Rios atendeu mais de 500 utentes em duas semanas
Desde que começou a funcionar, apenas cinco utentes foram transferidos para a Urgência de Santa Maria (menos de 1% do total de atendimentos), o que “comprova a segurança do processo de referenciação”.
Mais de 500 utentes foram atendidos no Centro de Atendimento Clínico de Sete Rios, desde que este abriu há duas semanas, informou esta sexta-feira a Unidade Local de Saúde de Santa Maria (ULSSM), na qual este CAC está integrado.
Dos 551 atendidos, cerca de 50% foram encaminhados pelo Serviço de Urgência Central do Hospital de Santa Maria (11% das pulseiras verdes e azuis, as dos casos menos urgentes) e a outra metade referenciada pela Linha SNS 24, precisa a ULSSM em comunicado.
"Nestas duas semanas, apenas cinco utentes foram transferidos do CAC para o Serviço de Urgência Central - menos de 1% do total de atendimentos -, sendo que nenhum deles teve necessidade de internamento, dado que comprova a segurança do processo de referenciação".
Assinala-se ainda que "após a admissão do utente, a demora para ser visto a primeira vez pelo médico não ultrapassa os 10 minutos".
Os cuidados no CAC são assegurados por equipas multidisciplinares da ULSSM, que também já realizaram perto de 200 atendimentos de enfermagem e 60 exames de diagnóstico, entre análises ao sangue, raio-X e eletrocardiogramas.
"Esta é mais uma resposta que pretende, por um lado, evitar tempos de espera inadequados e, por outro, precaver um desajustado acesso à nossa urgência central, extremamente diferenciada e preparada para emergências e urgências, conforme se exige e se impõe a um hospital universitário", disse o presidente da ULS Santa Maria, Carlos Martins, citado no comunicado.
O CAC funciona sete dias por semana, entre as 8h00 e as 20h00, e tinha previsto contar, por turno, com três médicos, dois enfermeiros, dois técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, um assistente técnico, um secretariado administrativo e um técnico de auxiliar de saúde.
A criação de centros de atendimento clínico (CAC) para atender situações agudas de menor complexidade e urgência, que funcionarão como "coroa de proteção" aos serviços de urgência hospitalares, consta do Plano de Emergência e Transformação na Saúde do Governo.
No final da visita de inauguração deste primeiro CAC, no passado dia 1, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, anunciou que na última semana deste mês abrirá o Centro de Atendimento Clínico do Hospital da Prelada, no Porto, com o mesmo objectivo de libertar as urgências hospitalares dos casos não urgentes.