FC Porto passa teste nos Açores e continua sem sofrer golos no campeonato

Golos de Iván James e Galeno no primeiro tempo deram os três pontos aos “dragões”. Santa Clara não aproveitou oportunidades

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Iván Jaime marcou o primeiro golo do Porto, aos 16 minutos EDUARDO COSTA / EPA
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Três jogos, três triunfos, nove golos marcados e três sofridos, todos frente ao Sporting na conquista da Supertaça. É este o registo do FC Porto neste arranque de temporada, depois de ter batido, este sábado, o Santa Clara, nos Açores, por 2-0, na abertura da segunda jornada da Liga. Um resultado alcançado nos primeiros 25 minutos e que os açorianos não conseguiram contrariar, mesmo com um par de oportunidades flagrantes na primeira metade.

Confirmada a saída de Evanilson, o melhor goleador dos “dragões” na época passada, com 25 golos, para os ingleses do Bournemouth, o treinador Vítor Bruno tem encontrado em Galeno e Iván Jaime os finalizadores em destaque. Marcaram em todos os encontros, somando em conjunto sete golos.

Foram também as figuras da partida em São Miguel, onde os homens da casa chegaram a prometer mais, mas não conseguiram (por pouco) surpreender ou reagir à desvantagem, muito menos no segundo tempo, onde alinharam com menos uma unidade, desde os 64’. Com um bloco baixo, o Santa Clara conseguiu conter a pressão portista desde os instantes iniciais, com uma boa organização, sectores muito próximos e apostando nas transições rápidas para surpreender os visitantes.

Foi assim que a equipa criou a primeira grande oportunidade do encontro contra a corrente, logo aos 5’, no seu primeiro lance ofensivo. Gabriel Silva arrancou pela direita e cruzou para Pelegrini proporcionar uma grande defesa a Diogo Costa.

Com Fran Navarro (a referência no ataque) e Vasco Sousa como novidades na equipa titular (nos lugares de Eustáquio e Gonçalo Borges), os portistas acabaram por se ver em vantagem numa altura em que o oponente até procurava estender um pouco mais o seu jogo.

Aos 16’, solicitado por Nico González, Iván Jaime inaugurou o marcador, com um remate cruzado, num raro desposicionamento da defesa açoriana.

O segundo golo não tardou e penalizou uma falta de Alysson sobre Fran Navarro na área. Galeno encarregou-se da cobrança e não falhou, tal como ocorrera na partida anterior, frente ao Gil Vicente (3-0). Uma vantagem confortável para os forasteiros que estiveram muito próximo de ver reduzida a diferença à passagem da meia hora.

Desta vez, Diogo Costa foi infeliz ao defender uma bola com os pés, que acabou por tabelar num adversário e seguir em direcção à baliza. Valeu a intervenção de Galeno, a salvar em cima da linha de golo, neste seu segundo jogo consecutivo adaptado a defesa esquerdo.

A segunda metade desceu bastante em termos de espectáculo, com os jogadores a acusarem o calor e humidade nos Açores. Os guarda-redes passaram a ser cada vez mais espectadores e uma das poucas excepções foi a defesa em voo de Gabriel Batista, aos 83’, a evitar o terceiro dos nortenhos e a festa ao recém-entrado Gonçalo Borges.

Isto, numa altura em que o Santa Clara jogava com menos uma unidade, após a expulsão de Adriano, por pisar Alan Varela. Se já era complicado, pior ficou e o 0-2 manteve-se até final.

Mais um triunfo que mantém o estado de graça de Vítor Bruno no banco dos portistas, mas o treinador que rendeu Sérgio Conceição quer mais e criticou muito a exibição da sua equipa na segunda metade. “A jogar contra dez, devíamos ter feito outro tipo de controlo, mais vertical, não descaracterizando aquilo que somos”, defendeu, sublinhando a justiça do resultado.

Do lado açoriano, Vasco Matos lamentou o desacerto na finalização. “A primeira oportunidade é nossa, faltou ali eficácia e o jogo poderia ter sido diferente.”

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