Por fim, o protagonista compra papel, caneta e propõe-se contar a sua história. Chama-se Sexto Degli Angeli e vem de uma linhagem feita de pó e de pedra nascida e de um homem e de uma mulher que se fixaram numa aldeia com nome desconhecido na Toscana rural. Foi há muitos anos, num tempo meio mítico, não assinalado pelo narrador, até chegar o ano de 1900, com a morte de Umberto I e a dívida do seu legado imperialista, ou erupção do Vesúvio de 1906. As datas não constam, mas é a partir delas que começa uma espécie de possibilidade, por parte da memória de um homem, de se situar na história colectiva enquanto tenta responder à pergunta essencial: quem sou?