Receitas do alojamento turístico sobem 12% no primeiro semestre, para 2,8 mil milhões

Dados de Junho confirmam abrandamento no ritmo de crescimento face a Maio, com queda dos residentes.

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Dormidas de não residentes com crescimento reduzido em Junho Rui Gaudêncio
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Os dados finais do Instituto Nacional de Estatística (INE) para o sector do alojamento, divulgados esta quarta-feira, confirmam um abrandamento em Junho, face a Maio. Mas os proveitos totais do primeiro semestre subiram 12,3%, para 2778 milhões de euros.

Para aquela subida contribuíram, essencialmente, as dormidas de não-residentes, que subiram 5,8%, enquanto as de residentes registaram um crescimento mais modesto, de apenas 1,4%. As dormidas registaram um aumento de 4,5%, atingindo 35,5 milhões, nos primeiros seis meses, correspondendo a uma subida de 12,1% por aposento.

Relativamente aos não-residentes, mais de metade das dormidas dos mercados brasileiro (60,8%), norte-americano (59,7%) e italiano (57,3%) concentraram-se nos municípios de Lisboa e do Porto, avança o INE.

Os dados agora divulgados confirmam a estimativa do INE para o mês de Junho, observando-se um abrandamento no crescimento homólogo, com o sector do alojamento turístico a registar três milhões de hóspedes (mais 6,7%, contra 9,5% em Maio). As dormidas totalizam 7,8 milhões (mais 4,8%,abaixo dos 7,6% do mês anterior), gerando 698 milhões de euros de proveitos totais (mais 12,7%, menos que os 15,3% de Maio). Os proveitos de aposento ascenderam a 541,0 milhões de euros, mais 12,7%, face ao mesmo mês de 2023, abaixo do crescimento de 15,5% de Maio.

Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 3,3 milhões de hóspedes e 8,5 milhões de dormidas em Junho, correspondendo a crescimentos de 6,7% e 4,8%, respectivamente. Neste universo, as dormidas de residentes aumentaram 3,5% e as de não-residentes cresceram 5,4%.

De acordo com a mesma fonte, "a Grande Lisboa continua a ser a região que mais contribui para a globalidade dos proveitos (29,3% dos proveitos totais e 30,9% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (29,2% e 28,3%, respectivamente) e do Norte (15,2% e 15,6%, pela mesma ordem).

Contudo, todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem no Alentejo (mais 22% nos proveitos totais e 16,2% nos de aposento), na Região Autónoma dos Açores (mais 19,4% e 21,1%, respectivamente) e na Península de Setúbal (mais 18,1% e 18,6%, pela mesma ordem).

O abrandamento dos proveitos verificado em Junho verificou-se nos três segmentos de alojamento. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 86,6% e 84,8% no total do alojamento turístico, respectivamente) aumentaram ambos 12,1%. Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 15,6% nos proveitos totais e 16,1% nos proveitos de aposento (quotas de 9,5% e 11,2%, respectivamente). E, por último, no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,9% nos proveitos totais e de 4% nos relativos a aposento), os aumentos foram de 18,8% e 16,6%, respectivamente.

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