Real Madrid e Ancelotti à procura de recorde na Supertaça Europeia

Em caso de vitória esta noite, em Varsóvia, frente à Atalanta, o clube espanhol e o treinador italiano passam a deter, de forma isolada, o número máximo de conquistas do troféu.

Carlo Ancelotti pode conquistar a quinta Supertaça Europeia
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Carlo Ancelotti pode conquistar a quinta Supertaça Europeia SUSANA VERA / REUTERS
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Estádio Nacional de Varsóvia, na Polónia, palco da final da Supertaça europeia entre Real Madrid e Atalanta Jennifer Lorenzini / REUTERS
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O Estádio Nacional de Varsóvia será esta noite (20h, SPTV1) o 12.º palco que recebe a Supertaça Europeia desde que a prova deixou de ser disputada no Mónaco, em 2012, e pode ficar na história do Real Madrid e de Carlo Ancelotti. Em caso de vitória frente à Atalanta, o clube espanhol e o treinador italiano passam a deter, de forma isolada, o número máximo de conquistas do troféu e, na partida que assinalará a estreia oficial de Kylian Mbappé com a camisola madridista, o favoritismo dos campeões europeus sai reforçado pela mão cheia de baixas importantes na equipa de Bérgamo.

A história da competição que, no arranque de temporada, coloca frente-a-frente os vencedores das duas principais competições da UEFA revela que a supremacia do detentor da Liga dos Campeões não é clara no confronto com o clube que ganhou a Liga Europa – 28 triunfos em 48 edições -, mas, na primeira vez em que discute o troféu, a Atalanta terá pela frente um contexto altamente desfavorável.

Com um projecto trabalhado de forma exemplar nos últimos oito anos por Gian Piero Gasperini, que construiu em Bérgamo uma equipa com identidade e elogiada de forma consensual pela qualidade que apresenta, a Atalanta jogará na Polónia sem Gianluca Scamacca, Giorgio Scalvini e Nicolò Zaniolo, que estão lesionados, enquanto Teun Koopmeiners ficou de fora por estar a negociar a saída do clube.

As adversidades, no entanto, não assustam Gasperini. Para o experiente técnico transalpino, o jogo de Varsóvia “será uma ocasião extraordinária" para a Atalanta, para Bérgamo. "Estamos a jogar contra o clube mais titulado do mundo. Jogar uma final como esta, para este troféu, contra um clube tão importante, seria impensável até há bem pouco tempo. Há um enorme sentimento de orgulho. E também um sentimento de querer estar lá, de querer fazer uma grande exibição e aguentarmo-nos contra um clube que, historicamente, é a equipa mais forte”, afirmou.

Do outro lado, também estará um treinador italiano sentado no banco, mas os problemas para Carlo Ancelotti são de abundância de opções. Com a equipa na máxima força, entre os convocados do Real Madrid estão Kylian Mbappé e Endrick, contratações deste Verão, os quais se juntam a um lote que inclui nome como Luka Modric, Vinícius Júnior ou Jude Bellingham.

Embora tendo o favoritismo do seu lado, Ancelotti lembrou na antevisão da partida que a Atalanta é “uma equipa muito perigosa e que joga de uma forma especial e única”. “A maneira como conseguiu impedir o Bayer Leverkusen, que estava em grande forma, de jogar o que sabia foi notável”, alertou.

Após deixar também elogios ao “amigo” Gasperini – “se a Atalanta está regularmente nas competições europeias deve-o a ele” -, Ancelotti falou sobre o peso que terá a chegada de Mbappé a Madrid: “Além da qualidade também vai dar à equipa atitude e dedicação. Terá de se adaptar à equipa, como outros antes dele, mas vai fazê-lo de forma rápida pois tem uma qualidade incrível.”

E será, com quase toda a certeza, com Mbappé no “onze” que Ancelotti tentará conquistar pela quinta vez o troféu – também venceu uma Supertaça como jogador -, o que tornaria o italiano o treinador com mais títulos na prova (Guardiola ganhou quatro vezes). A nível de clubes, o Real também pode sair de Varsóvia com um recorde: se derrotar a Atalanta, passa a somar seis vitórias, uma mais do que Barcelona e AC Milan.

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