Dois milhões de trabalhadores têm taxas de desconto mais favoráveis

Cerca de 85% dos casos geram uma perda de receita para o sistema de Segurança Social que, entre 2009 e 2022, foi calculada em mil milhões de euros. Peritos pedem revisão das reduções de TSU.

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Peritos propõem fim da possibilidade de aceder a regime de reforma antecipada a partir dos 57 anos para quem caiu no desemprego aos 52 anos ou mais Nelson Garrido
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Cerca de dois milhões de trabalhadores (39% do total) estavam, em 2021, abrangidos por taxas de desconto para a Segurança Social mais favoráveis e, destes, 1,7 milhões geram uma “perda de receita" para o sistema, uma vez que a Taxa Social Única (TSU) reduzida não corresponde a uma diminuição das eventualidades que cobre. Este é um dos problemas identificados pelos autores do Livro Verde sobre a sustentabilidade do sistema previdencial que defendem uma racionalização das taxas reduzidas “por forma a limitá-las, tanto quanto possível, a situações em que se verifica uma efectiva redução de âmbito material”, acabando com a prática de pôr a TSU a financiar políticas públicas que cabem ao Orçamento do Estado, sem que se faça uma análise do seu custo para o sistema.

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