Marta Mateus leva a Locarno a “memória em segunda mão” do Alentejo
Primeira longa-metragem da autora de Farpões, Baldios chega ao concurso principal do festival suíço. Um “filme coral”, entre o documentário e a ficção, sobre as memórias inscritas na região.
"São coisas que acontecem, um bocadinho da ordem do inexplicável", defende Marta Mateus (Estremoz, 1984) frente a um mazagrin numa tarde escaldante de Agosto em Lisboa. São coisas que lhe aconteceram: ao primeiro filme, a curta-metragem Farpões, Baldios (2017), a cineasta deu por si na Quinzena dos Cineastas de Cannes. O segundo, a longa-metragem Fogo do Vento (2024), é agora a única presença portuguesa na competição principal do Festival de Locarno, onde tem estreia mundial esta terça-feira. Sucederá, na história do festival suíço, a nomes como Basil da Cunha, João Nicolau, João Pedro Rodrigues (que ali conquistou, em 2016, o prémio de Melhor Realizador com O Ornitólogo), Leonor Teles ou Pedro Costa (Leopardo de Ouro por Vitalina Varela em 2019). Um "alinhamento cósmico", concorda com um sorriso.
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